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Para Filipe, comparações com Ney Matogrosso são “voto de confiança” | Divulgação
Para Filipe, comparações com Ney Matogrosso são “voto de confiança”| Foto: Divulgação

O gaúcho Filipe Catto, 23 anos, nasceu em uma família musical, como ele mesmo define. Começou a cantar cedo, com o pai, que se apresentava em eventos em Porto Alegre. Dono de um timbre de voz raro na MPB, tem chamado a atenção com o seu disco de estreia, Fôlego, que revela uma voz de contratenor – o vocal dele é agudo, afinadíssimo e próximo ao de uma mulher.

"Esse tipo de voz não é tão raro no erudito, mas na música popular pouquíssima gente faz isso, o mais ilustre é o Ney Matogrosso", afirma Catto, que tem sido comparado a Ney. "Conheci o Ney faz dois anos. Ele é um cara gentil para caramba, inteligente e não se apoia no timbre dele. Temos muitas coisas em comum." Sobre as comparações, acrescenta: "As pessoas precisam de um referencial, é o meu primeiro disco. O Ney é lendário. O público me comparar com ele é como um voto de confiança", diz Catto, que, autodidata, fez poucas aulas de técnica vocal.

"O grande desafio como artista para um contratenor é não se tornar um macaco amestrado que mostra a voz. Antes de ser um contratenor, sou um intérprete, isso é mais do que uma pessoa com uma voz", avalia.

No repertório do disco, há canções autorais – além de cantar muito bem, Catto também compõe – e músicas de outros compositores. Eclético, o cantor vai de Reginaldo Rossi ("Garçom") a Zé Ramalho ("Ave de Prata"). "Não quero me prender a um estilo. Quero me firmar como intérprete, seja das minhas músicas ou das canções de outros artistas."

Novela

Catto conta que o fato de "Saga", faixa autoral lançada de forma independente em um EP e na internet, em 2009, ter entrado na trilha sonora da novela Cordel Encantado, da TV Globo, foi decisivo para que a voz dele se tornasse conhecida fora do circuito alternativo. A canção é um dos destaques de seu primeiro disco, recém-lançado pela Universal Music. "Lancei ‘Saga’ no meu EP, que tinha seis músicas, pois era o que eu tinha dinheiro para fazer na época", lembra ele. "Foi uma sorte muito bacana ‘Saga’ ter entrado na trilha sonora da novela. Em todas as regiões de São Paulo em que eu tocava, as pessoas conheciam a música", comemora o gaúcho, que atualmente vive na capital paulista.

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