O diretor Aly Muritiba (à esq.) e o ator Fernando Alves Pinto durante ensaio| Foto: Divulgação

Desde 3 de janeiro o elenco principal do longa-metragem O Homem Que Matou a Minha Amada Morta, de Aly Muritiba, está em Curitiba, em ensaios que têm ocorrido na Casa Hoffmann, espaço da Fundação Cultural de Curitiba no setor histórico da cidade, e no Auditório Brasílio Itiberê, no prédio da Secretaria de Estado da Cultura. A preparação dos atores está sob a supervisão de Amanda Gabriel, que tem no currículo o filme pernambucano Tatuagem, de Hilton Lacerda, vencedor do Festival de Gramado do ano passado. A rodagem será iniciada na próxima terça-feira, dia 28.

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Vencedor da última edição do Prêmio Estadual de Cinema e Vídeo, realizada em 2012, O Homem Que Matou a Minha Amada Morta tem produção da Grafo Audiovisual, empresa sediada na capital paranaense que enfrentou um baque e tanto quando recebeu a notícia, no fim do ano passado, de que a segunda parcela do fomento, de R$ 500 mil, não seria mais liberada em dezembro, conforme o prometido.

Com todo o processo de pré-produção já desencadeado, contratos assinados com fornecedores, elenco e equipe técnica, adiar o início da gravação do elenco significaria perder praticamente todo o valor da primeira parcela do prêmio, equivalente a R$ 300 mil – o valor total é de R$ 1 milhão.

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Segundo um dos produtores do filme e sócio da Grafo, Antônio Júnior, a solução acabou sendo empregar recursos próprios, tanto da empresa como dos sócios, e fazer uso da verba disponibilizada, por meio de edital do Fundo Setorial do Audiovisual da Agência Nacional de Cinema (Ancine), em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Não se trata de um prêmio, mas de um empréstimo subsidiado: os projetos escolhidos recebem recursos que deverão ser pagos, sem a cobrança de juros, depois do lançamento do longa.

No específico caso de O Homem Que Matou a Minha Amada Morta, o montante do Fundo Setorial recebido pela Grafo foi de R$ 450 mil, recurso que, somado à primeira parte do prêmio estadual, permitirá que a rodagem do longa aconteça dentro do cronograma previsto – serão cinco semanas de gravação ao todo, em Curitiba, região metropolitana e no litoral.

Como o orçamento para a realização dessa fase era estimado em R$ 900 mil, menos do que a produção dispunha, a Grafo também teve de recorrer a um empréstimo bancário.

"Quando terminarmos de gravar, não teremos mais nenhum tostão", diz Antônio Júnior, que calcula, caso as duas parcelas restantes do prêmio – de R$ 500 mil e R$ 200 mil – sejam liberadas, que um primeiro corte do filme esteja pronto por volta do mês de outubro. A ideia é inscrevê-lo em festivais no primeiro semestre de 2015, para lançá-lo na segunda metade do ano.

O Homem Que Matou a Minha Amada Morta, um drama com toques de thriller psicológico, conta a história de um policial (Fernando Alves Pinto, de Terra Estrangeira), que perde a esposa, por quem era muito apaixonado. Nos guardados da mulher, ele acaba encontrando uma fita VHS que o faz repensar o que teria sido seu casamento e nele desperta uma obsessão, que será levada às últimas consequências. Também integram o elenco, entre outros, a paraibana Mayana Neiva (de Infância Clandestina) e o paranaense Lori Santos (de Curitiba Zero Grau).

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