O filme de Angelina Jolie sobre a guerra na Bósnia trouxe de volta lembranças duras e poderosas nesta quinta-feira (22) em uma exibição na cidade onde ocorreram muitos dos brutais eventos do conflito de 1992 a 1995.
"Estou sem fala, sinto-me mal", disse Rukija Vrckalo, que sobreviveu 43 meses ao cerco de Sarajevo sob o bombardeio constante, ao sair do cinema na cidade onde "In the Land Of Blood and Honey" de Angelina foi exibido, um dia depois de sua première nos Estados Unidos.
"Quando as granadas explodiam no filme, parecia que a guerra ainda continuava", acrescentou.
Outras pessoas deixaram o cinema em silêncio, recusando-se a comentar porque se sentiam oprimidas pelas emoções depois que o filme fez com que recordassem os horrores do conflito mais sangrento na Europa no pós-Segunda Guerra Mundial.
"O filme é realista, bem feito", disse uma mulher que deu apenas seu primeiro nome, Mirha. "Nós, que passamos pela guerra, nos sentimos muito mal agora, é como se estivéssemos passando por tudo aquilo de novo".
Angelina permitiu que a capital bósnia exibisse o filme, sua estreia na direção, por uma semana, antes de a fita ser exibida oficialmente nos cinemas do país e na região em fevereiro de 2012, quando ela pretende visitar a Bósnia de novo.
"A próxima... première... significa mais para mim do que qualquer outra com a qual estive associada. Minha família e eu estamos ansiosos para viajar até a Bósnia em fevereiro e compartilhar esse momento com o extraordinário elenco do filme", disse ela em um comunicado.