Protagonizada pela atriz Maggie Gyllenhaal, a comédia romântica "Hysteria" (2011), que aborda como foi inventado o vibrador na Inglaterra, foi recebida nesta sexta-feira (28) com aplausos, gritos e gargalhadas no Festival Internacional de Cinema de Roma.
Dirigido pela americana Tanya Wexler e presente na seção oficial do festival, o filme se aprofunda na repressão sexual da época vitoriana e mostra como alguns médicos, como o especialista em medicina feminina Robert Dalrymple (Jonathan Pryce), realizavam massagens manuais nas mulheres, até que essas chegavam ao orgasmo.
No entanto, os médicos nunca associavam este fato à sexualidade, e achavam que a tal massagem era um remédio simples e eficaz.
Após massagear inúmeras mulheres ao lado de Dalrymple - contando com a ajuda da filha do mesmo, chamada Charlotte (Maggie) -, o jovem médico Mortimer Granville (Hugh Dancy) inventou o primeiro modelo de vibrador elétrico, que permitia solucionar de forma mecânica os supostos problemas de histeria das mulheres.
Tanto a diretora, Tanya, como os atores Gyllenhaal e Rupert Everett, estiveram presentes nesta sexta-feira na capital italiana para acompanhar a estreia do filme no festival. Antes da exibição, os organizadores do evento pareciam estar preocupados com o teor de seu conteúdo.
"No começo muitos estavam preocupados com o tom do filme. Mas, no meu caso, a história me fez rir e, em seguida, me ajudou a refletir: mostrou que não devemos levar tudo a sério", comentou Tanya em Roma.
A diretora americana reconheceu que a produção de "Hysteria" sempre teve "um grande risco", já que era "muito importante encontrar um equilíbrio para não exagerar nos aspectos cômicos da trama, nem transformar o filme em uma entediante aula de história".
A atriz Maggie Gyllenhaal, que se mostrou contente com seu papel protagonista, afirmou que o ponto de partida do filme, a invenção do vibrador em uma época repressiva, "é, por si só, uma temática muito divertida e interessante".
No entanto, a atriz explicou que a personagem Charlotte, uma espécie de "mulher selvagem", também consegue mostrar ao público a emancipação da mulher e a conquista de suas liberdades.
O roteirista Stephen Dyer, um dos mais cumprimentados durante a entrevista coletiva, brincou com o fato de ter sido um homem o encarregado de escrever a história da invenção do vibrador.
"Muitos homens, que não concordam com a promoção do uso do vibrador feminino, me perguntam o motivo para escrever uma história como esta. Assim, eu respondo: abracem a tecnologia", ironizou o roteirista.
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