O filme thrash "Snakes on a plane" ("Serpentes a bordo") foi o mais visto nos Estados Unidos neste final de semana com modestos US$ 15,3 milhões, informou a New Line Cinema, que esperava pelo menos US$ 20 milhões. Estrelado por Samuel L. Jackson e centenas de cobras, a produção causou um verdadeiro frisson na internet por admiradores de filmes do tipo tão ruins que são bons. Jackson se empenhou pela produção e protestou quando o título foi trocado para "Pacific Air 121", obtendo o apoio dos blogs, orkuts e similares da web, o que levou o estúdio a restaurar o título original. Toda esta onda levou o estúdio a antecipar uma boa abertura para a produção de US$ 30 milhões, modesta para os padrões de Hollywood. Não rolou. No Brasil, a estréia está prevista para sete de setembro, segundo o boletim Filme B.
Não houve cabine para os críticos, que correram para as primeiras sessões e depois se dedicaram a ver quem demolia o filme de maneira mais sarcástica. Samuel L. Jackson é o agente do FBI Neville Flynn encarregado de levar o surfista Sean do Havaí para Los Angeles onde deporá contra o mafioso oriental Eddie Kim, que arquiteta um plano mirabolante para matar a testemunha: enche o avião com dezenas de cobras de todos os modelos, aplicando nela feromônios para que fiquem agressivas, o que gera uma das tiradas de Flynn: "era só o que faltava, cobras doidonas de crack".
Uma outra fala de Jackson virou a frase do verão entre a rapaziada americana: "We're going to find a way to get these motherfuckin' snakes off this motherfuckin' plane" (vamos achar um jeito de tirar a porra destas cobras da porra deste avião"). Todas as matérias citam essa fala, com os mais conservadores usando asteriscos no lugar do palavrão.
Os críticos dizem que a falta de interesse se deve ao fato de o título entregar a história e de nada adiantaram os esforços do diretor David Ellis, chamado de zero à esquerda. Algumas cenas podem até dar calafrios, provocar risadas ou nem isso, como a do cara que tem o pênis devorado por uma cobra quando mijava, uma mulher seminua que ganha uma mordida no seio quando transava no banheiro, um inglês pernóstico que odeia cães engolido por uma piton e o chihuahua de uma mulher afetada também devorado.
Um dos críticos indaga se o conceituado Samuel L. Jackson tem tantos carnês para pagar que precisa se meter numa roubada dessas. Outro nota que Jackson desaparece misteriosamente de cena tantas vezes que dá a impressão de estar trabalhando simultaneamente em outra produção e lamenta venenosamente que outros diretores não pensaram no palavrão antes ou Luke Skywalker poderia dizer que "a motherfucking força esteja com vocês" e o agente secreto mais famoso do mundo poderia se apresentar como "Bond, motherfucking James Bond".
Kyle Smith, do New York Post, diz que o diretor David Ellis não tem o talento de um Quentin Tarantino ou de um Roberto Rodriguez para fazer uma trama ridícula funcionar. E ainda avisa que é preciso esperar a maior parte do filme para ouvir a frase do verão dita por Jackson. "Mas, quando acontece, você sente orgulho de ser americano. Os japoneses podem fabricar os carros, os chineses as roupas, os franceses todos os, ahn, franceses, mas ninguém tira da gente a liderança em frases de efeito".
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