Homem de Ferro: Vingadores terão personagem LGBT?| Foto: Divulgação

Os diretores de “Capitão América: Guerra Civil”, Anthony e Joe Russo, revelaram que “são fortes” as chances de um personagem LGBT entrar no universo Marvel. Em uma entrevista ao site Collider divulgada nesta terça-feira (3), Joe falou sobre a possibilidade, respondendo a uma pergunta sobre as expectativas de parte do público a respeito da chegada de um super-herói homossexual.

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“É uma incumbência nossa como contadores de histórias (...) fazer filmes com apelo massivo e diversificar o máximo possível”, disse Joe, lamentando o atraso de Hollywood nesta questão em comparação a outras indústrias.

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Na mesma toada, o diretor J.J. Abrams, de “Star Wars: O Despertar da Força”, disse recentemente que seria “tacanho e contra intuitivo” afirmar que não haveria personagens homossexuais no universo em que se passa “Guerra nas Estrelas”, e que adoraria atender aos pedidos por mais diversidade na franquia — na esteira das especulações de que a relação entre os personagens Finn (John Boyega) e Poe (Oscar Isaac) poderia evoluir para um relacionamento gay.

A tendência de acenos positivos à chegada de personagens LGBT na cultura nerd podem ser recentes no cinema, mas ela de fato não é novidade em outras indústrias, corroborando a observação de Joe Russo. No próprio universo do Star Wars, romances já introduziram personagens LGBT.

Tendência

Estrela Polar (Northstar): primeiro personagem abertamente gay dos quadrinhos 

Nos quadrinhos, onde diversos episódios já trouxeram à tona casos classificados como homofobia e misoginia, os exemplos são muitos e mais antigos. O personagem Estrela Polar, dos X-Men, revelou ser homossexual já em 1992.

A Batwoman, criada em 1956 originalmente para servir de par romântico para o Batman, foi relançada em 2006 como personagem lésbica.

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Hulkling e Wiccano, que foram um casal gay dos Jovens Vingadores da Marvel, se beijaram pela primeira vez em 2012—ano em que o Lanterna Verde, da DC Comics, saiu do armário 72 anos depois de ser criado.

Em 2013, a DC Comics apresentou sua primeira personagem transgênera (Alysia Yeoh, amiga da Batgirl, se casou em outubro do ano passado com sua namorada, Jo). No mesmo ano, fãs do Wolverine, do X-Men, se surpreenderam com um beijo entre o herói e Hércules em um gibi da realidade alternativa.

Em entrevista ao New York Times em dezembro de 2015, o fundador do site Geeks Out, Josh Siegel, disse que a indústria dos quadrinhos entendeu que a diversidade melhora as vendas, o que explica a ampliação de obras que trazem “personagens queer” – e também a abertura deste universo para mais personagens de diferentes gêneros, raças e religiões.