O diretor Quentin Tarantino sempre foi um "grande fã" de filmes B, do tipo com zumbis, assassinos psicóticos, perseguições de carro violentas e baldes de sangue.

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Agora, quatro anos depois que o escritor/diretor/produtor e às vezes ator homenageou as artes marciais com "Kill Bill", ele está de volta com "Grindhouse".

O filme tem duas partes, uma comandada por Tarantino e outra por Robert Rodriguez, que também adora filmes B, com bastante sangue falso, efeitos visuais e mulheres com poucas roupas, o que é suficiente para prender a atenção de qualquer adolescente.

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Em entrevista recente, Tarantino falou sobre a produção de filmes deste tipo e sobre como ele e Rodriguez conseguiram convencer atores de linha A, como Bruce Willis, Nicolas Cage, Kurt Russell e Rosario Dawson, a participarem.

P: Foi difícil conseguir estrelas como Bruce Willis e Nic Cage para um filme B?

R: "Para ser honesto, foi uma grande surpresa para mim. Eu nem mesmo sabia que Bruce Willis estava no filme de Robert até chegar ao local da filmagem. Pensei 'o que ele está fazendo aqui?' E quando vi sua boina verde e uniforme militar percebi - ele não está só visitando, ele está no filme! E nenhum de nós percebeu que Nic Cage estava no trailer falso de Rob Zombie até que lemos sobre isso. Mas obviamente eles realmente quiseram participar, e eles são ótimos."

P: Você colaborou com Robert Rodriguez em 'Sin City', mas desta vez cada um fez o seu filme separado. Houve um senso de competição entre vocês?

R: "Com qualquer outra pessoa seria totalmente o caso, de passar o outro, mas isso não acontece conosco. Nossos filmes são ridiculamente compatíveis, e acho que as pessoas querem ver um filme de Robert Rodriguez, que tem mais ritmo, e acho que as pessoas que querem ver um filme de Quentin querem ouvir meu diálogo e me ver reduzindo um pouco e construindo meu grande momento."

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P: Kurt Russell parece estar perfeito como Stuntman Mike . Ele foi sua primeira escolha?

R: "Na verdade, não. Eu tinha outro ator em mente no começo, mas as coisas não funcionaram. Isso pode ser algo bom, quando você imagina o papel com outra pessoa em mente, então tudo muda de rumo de repente, agora o seu filme pode ser qualquer coisa. É muito libertador, e quando pensei em Kurt, pensei 'é isso!'. Se ele responder ao personagem e aceitar, o papel é dele."

P: É verdade que você escreve roteiros à mão?

A: "Totalmente! Usei vermelho e preto. Uma das grandes coisas de escrever é que isso dá permissão total para fazer qualquer ritual estranho que lhe faça feliz e produtivo."

"Não sou supersticioso na minha vida diária, mas fico quando escrevo, mesmo sabendo que é tudo besteira. Mas eu comecei assim e então continuo assim."

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"Meu ritual é: nunca usar máquina ou computador. Só escrevo à mão. É uma cerimônia. Vou a uma papelaria e compro um caderno - eu não compro, tipo, dez. Compro só um e preencho. Depois compro um monte de canetas vermelhas e um monte de pretas, e tipo, 'com estas canetas vou escrever 'Grindhouse'."

P: O que você gosta de fazer quando não está trabalhando em um filme?

R: "Gosto de ver um monte de filmes, mas também amo viajar. Tive muitas aventuras diferentes depois de "Kill Bill" e antes de fazer este. Fiz um safári a cavalo na África, que foi ótimo. Já tinha montado antes, mas tive que aprender de verdade, então passei um mês só fazendo isso antes da viagem. Depois guiei um carro da Nascar, e foi muito divertido."