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Inimigo público: Carlos Marighella foi perseguido e morto pela ditadura | Divulgação
Inimigo público: Carlos Marighella foi perseguido e morto pela ditadura| Foto: Divulgação

Mostra

Veja a programação desta e outras exposições no Guia Gazeta do Povo.

  • No: Gael Garcia Bernal vive um publicitário que coordena a campanha contra Pinochet

Começa hoje em Curitiba a Mostra Cinema pela Verdade que vai exibir três filmes inéditos sobre as ditaduras civis e militares que assombraram a América Latina no século passado (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

As sessões, que ocorrem no Anfiteatro da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR), serão seguidas de debates que, segundo a organização do evento, vão falar sobre o "período das ditaduras sul-americanas, seus desdobramentos e a relação com as ditaduras contemporâneas do Cone Sul".

Na primeira sessão, hoje, às 19 horas, será exibido o filme No, de Pablo Larraín, sobre a ditadura de Augusto Pinochet no Chile. O debate será conduzido por Vera Karam de Chueiri, coordenadora do Núcleo de Constitucionalismo e Democracia da Pós-Gra­­duação da UFPR.

As exibições seguem nos dias 23 de julho e 1.º de agosto, com sessões dos filmes Eu Me Lembro e Marighella, respectivamente (leia mais ao lado).

Esta é a segunda edição da mostra, que ocorre simultaneamente em universidades públicas dos 27 estados brasileiros entre os meses de maio e agosto.

O projeto teve início durante a primeira semana de maio, no Rio de Janeiro, quando 27 universitários de diferentes áreas se capacitaram como "agentes mobilizadores" para poder organizar a mostra em suas respectivas cidades. Em Curitiba, a agente mobilizadora é a estudante de Cinema e Vídeo da Faculadade de Artes do Paraná (Fap) Elisa Ratts, de 24 anos.

Memória

A mostra é realizada pelo Instituto Cultura em Movimento (Icem), em parceria com o Ministério da Justiça, e foi contemplada pelo edital Marcas da Memória, da Comissão de Anistia, que visa à promoção de eventos e projetos com foco neste período da história brasileira.

"A ideia é criar consciência crítica na juventude para que ela assuma para si um legado de resistência, de lutas e de conquistas dos nossos direitos", explica o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão.

"Por vivermos em um país em que 92% dos municípios não possuem salas de cinema, nós do Icem acreditamos que projetos como o Cinema pela Verdade são fundamentais para dar mais acesso à produção nacional", diz a vice-presidente do instituto, Luciana Boal.

Para ela, "ter as universidades como palco dessas sessões é investir na formação de um público crítico e articulado". "Nada melhor do que trabalhar com os próprios universitários para estimular o contato com o cinema nacional e para que possam compreender localmente como é possível produzir um festival e formar uma rede de agentes culturais", completa.

Programe-se

Saiba mais sobre os filmes que serão exibidos na Mostra Cinema pela Verdade:

No

Pablo Larraín (Chile, 2012)

Candidato ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2013. Sob pressão da comunidade internacional, o ditador Pinochet aceita realizar um plebiscito para definir sua continuidade ou não no poder. O publicitário René Saavedra (Gael Garcia Bernal) é chamado para coordenar a campanha do não. 118 min.

Eu Me Lembro

Luiz Fernando Lobo (Brasil, 2006)

O documentário acompanhou cinco anos das caravanas da Anistia e reconstrói a luta dos perseguidos por reparação, memória, verdade e justiça com imagens de arquivo e de entrevistas. 94 min.

Marighella

Isa Grinspum Ferraz (Brasil, 2012)

Ganhador do prêmio de melhor longa-metragem da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul em 2012. Carlos Marighella foi o maior inimigo da ditadura militar no Brasil – preso e torturado, tornou-se famoso por ter redigido o Manual do Guerrilheiro Urbano. 200 min.

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