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Num mundo onde a realidade se tornou um prato cheio para a televisão, a fantasia vem mostrando que ainda tem vez. "Floribella" é um bom exemplo de que o hoje pouco usado pó de pirlimpimpim tem poder. O folhetim da Rede Bandeirantes vem alcançando bons índices de audiência e conquista, a cada dia, uma generosa fatia do público infanto-juvenil. E detalhe: são meninos e meninas que não querem se aprofundar em temas realistas abordados pela novelinha "Malhação", por exemplo.

Assuntos como camisinha e aborto são relevantes, sim. Porém, as cenas românticas e musicais inocentes do folhetim caíram no gosto do telespectador.

- "Floribella" é muito melhor do que "Malhação", porque você pode assistir sem nenhuma preocupação. Os temas não chocam as pessoas - diz Ricardo Rios, estudante de 12 anos.

O morador da cidade mineira de Barbacena diz não se identificar com nenhum personagem, mas não perde um capítulo da trama escrita por Patrícia Moretzsohn. E gosta das músicas:

- É a parte que mais chama atenção. Também gosto da vilã, a Malva (Suzy Rego) e da parte que fala da preservação ambiental, pois conscientiza a gente sobre o assunto - completa ele.

A emissora acertou em cheio ao retratar a típica Cinderela do século 21. Interpretada por Juliana Silveira, Flor é a órfã mais feliz de todos os tempos: usa sempre um tênis colorido para dar sorte, cantarola sem parar como uma noviça rebelde e ainda tem uma banda com amigos - vale reparar que esta utiliza notas mais doces, se comparada à Vagabanda, grupo roqueiro de "Malhação".

E tem mais: a jovem de 19 anos é uma batalhadora. Quando dá de cara com as dificuldades financeiras, a menina não hesita e se torna assistente de governanta da família Fritzenwalden. Como nos contos de fadas, claro, a mocinha se apaixona pelo mais velho dos irmãos da família da mansão onde trabalha, o rabugento Fred (Roger Gobeth).

Não é de se espantar que o conto de fadas com ares de modernidade conquiste também adolescentes. É o caso de Caroline Carvalho, de 17 anos. A estudante do 3º ano do ensino médio começou a assistir ao folhetim por acaso.

- Comecei a ler reportagens sobre a estréia da novela e hoje em dia não perco um capítulo. Gosto da forma como a história é contada, pois é simples e não tem apelação ou cenas impróprias - afirma a moradora de Santos (SP), que tem na lista de personagens preferidos a vilã Delfina (Maria Carolina Ribeiro). - Ela é muito engraçada. Se bem que o mais importante na novela é a questão da luta pelos sonhos. Acho que é uma boa lição para as crianças - observa Caroline, sem deixar de falar com orgulho da sua coleção de fotos dos atores de "Floribella".

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