São Paulo - Um dos filmes mais comentados e aplaudidos pelo público da 34.ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo é o drama político Fora-da-lei, coprodução franco-argelina que representa a Argélia na corrida por uma indicação ao Oscar 2010 de melhor produção estrangeira.
Espécie de homenagem ao clássico de Luchino Visconti Rocco e Seus Irmãos, o longa-metragem do diretor Rachid Bouchareb é uma obra engajada e despertou a ira da direita na França, quando exibido neste ano no Festival de Cannes. Foi acusado de distorcer os fatos, pintando os franceses como fascínoras, e terroristas argelinos como heróis.
O filme é pontuado por dois massacres. O primeiro ocorre em Sétig, na Argélia, em 1945, quando colonos franceses atiram na população nativa que, após o fim da Segunda Guerra Mundial, ansiava pela independência do seu país. No segundo confronto, que fecha Fora-da-lei, uma manifestação em Paris nos anos 1960, que era para ser pacífica, se transforma em carnificina.
Como a obra-prima de Visconti, o filme narra a história de três irmãos e de uma mãe. Desterrados, eles emigram para a França, onde seguem caminhos diversos e trágicos. Dois deles ingressam na Força Nacional de Libertação (FNL), organização que faz uso da violência em nome de seus ideais.O terceiro irmão se torna proprietário de um cabaré.
Na perspectiva de Bouchareb, a atuação da FNL foi uma resposta justificada a décadas de opressão colonialista francesa. O resultado é um filme explosivo, ainda que tendencioso.
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