Quem precisa de nave espacial quando se tem flauta? Pois "uma viagem pelo tempo e pelo espaço" é o que pretende construir o francês Pierre Hamon (confira o serviço completo do show), em concerto que realiza às 20h30 de hoje no Teatro da Caixa, em Curitiba. Convidado do projeto Solo Música, o flautista desembarca em Curitiba com um verdadeiro arsenal de instrumentos.
"Vou tocar a flauta doce tradicional, as flautas originais da América, as medievais e europeias, inclusive a gaita de fole", disse o músico, casado com a violinista Maria Luiza Brandão, irmã do saxofonista curitibano Hélio Brandão. Na apresentação, o instrumentista apresenta algumas composições de Hypnos (2009), seu mais recente disco-solo.
Pierre Hamon, graduado em Física, é apaixonado por música contemporânea, barroca e antiga e é autodidata em flauta doce. Seu fascínio pela música medieval o levou, inclusive, a tocar outras variações da flauta como as duplas e seus equivalentes nas músicas tradicionais em todo o mundo. Também estudou grandes nomes do instrumento, como o catalão Carles Mas e o indiano Hariprasad Chaurasia.
"O estudo da Física e da Matemática me fez levar a música mais a sério. Me deu mais senso estético e definiu o que faço hoje como minha verdadeira paixão", diz.
Apesar de ter longa carreira na Europa fez master classes com Frans Brüggen e Walter Van Hauwe, integrou por 15 anos o Ensemble Gilles Binchois, foi integrante do Lês Arts Florissant e fundou Ensemble Allá Francesca , o flautista se identifica mesmo é com a música brasileira, a qual, humildemente, "vai tentar tocar um pouquinho".
"A música popular brasileira tem uma qualidade rara, que é de emprestar características da música erudita e ser mais compreensível ainda", explica.
Em 2010, já estiveram no palco da Caixa Cultural pelo projeto Solo Música Toninho Ferragutti (acordeão), Luhli (voz e violão), o inglês Ravi Justin Freeman (kora e canto difônico), Alberto Marsicano (sitar), Fernando Deddos (eufônio) e Fernando Deghi (viola brasileira).
Serviço
Pierre Hamon. Teatro da Caixa (R. Cons. Laurindo, 280), (41) 2118-5111. Dia 17, às 20h30. R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). Assinantes da Gazeta do Povo têm 20% de desconto.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano