ATRAÇÕES
Saiba mais sobre o que rolou no Lupaluna 2011.
Decepção
Quem foi ao Lupaluna somente para ver o show da banda britânica The Cult saiu um tanto decepcionado. Longe da imagem esbelta que o consagrou nos anos 80, o vocalista Ian Astbury e sua banda insistiram em tocar músicas menos conhecidas do repertório embora o som estivesse ótimo e a banda mostrasse a competência habitual. "Revolution" e "Painted on My Heart", por exemplo, ficaram de fora.
Horário
O trio californiano Sublime with Rome exigiu trocar o horário de sua apresentação poucas horas antes do início do show. O grupo, que deveria se apresentar às 0h40, acabou subindo ao palco às 22h30, horário originalmente reservado para o rapper Marcelo D2.
Diversão
Fora as atrações musicais, diversos stands garantiram a diversão dos frequentadores do Lupaluna entre uma apresentação e outra. A mais popular foi a tirolesa que o programa Plug! da RPCTV levou ao local. Os aventureiros encararam filas quilométricas, de mais de uma hora de espera, para atravessar boa parte do território do Bioparque pendurados por um cabo de aço.
Palco vip
Os que tiveram acesso aos camarotes, além de garantir um abrigo contra a chuva, puderam curtir os shows de artistas curitibanos promovidos no palco da Mundo Livre FM. Um dos destaques foi a banda Hillbilly Rawhide, que se apresentou nos dois dias de festival, em diversos horários.
Pratas da casa
As pratas da casa Copacabana Club, Banda Gentilza, Sabonetes e Sugar Kane esbanjaram profissionalismo e competência, com shows bem pensados para agitar o público do Lupaluna. As quatro formações levaram seus respectivos fãs ao festival e tiveram suas canções cantadas em coro. O mesmo foi visto na apresentação dos veteranos da Blindagem, que encerrou a programação do LunaStage, na madrugada de sábado. Mesmo diante do horário um tanto ingrato pouco mais de 50 pessoas permaneceram em frente ao palco a mais consagrada banda curitibana tocou com a empolgação de quem estava diante de milhares de fãs.
Se ainda havia alguma dúvida a respeito da falta que os curitibanos sentem dos grandes shows, ela virou poeira neste fim de semana, quando 45 mil pessoas compareceram ao BioParque para a terceira edição do festival Lupaluna.
Debaixo de frio e chuva a temperatura média em Curitiba foi de 14°C, mas a sensação térmica no BioParque, cercado por seis lagos, era próxima dos 10°C o público revezou-se entre os três palcos do festival para conferir as performances dos maiores nomes da música nacional e internacional. O vento gelado da noite de sexta-feira e a lama que se formou após o temporal de sábado à noite pareciam meros detalhes para a multidão, que aproveitou os shows para espantar o frio.
Primeira atração do LunaStage na sexta-feira, os curitibanos do Copacabana Club que na edição passada do festival se apresentaram no palco EcoMusic contribuíram para esquentar o público, incendiando a galera com o hit "Just Do It" e músicas inéditas presentes no primeiro álbum da banda, Tropical Splash, que será lançado em junho.
Os hits do trio Paralamas do Sucesso, que contou com o reforço do guitarrista e líder do Barão Vermelho Roberto Frejat, e o show morno da banda britânica The Cult serviram de "esquenta" para o que viria a ser o momento mais memorável da primeira noite: a apresentação da baiana Ivete Sangalo.
Não sobrou um espaço vazio em frente ao LunaStage durante o show de Ivete, que colocou o público para dançar ao som de sucessos como "Berimbau Metalizado", "Festa" e "Arerê". "Só o clima aqui é frio, porque vocês são quentes", observou a cantora.
Com a plateia tinindo, quem se deu bem foram os santistas do Charlie Brown Jr., responsáveis pelo show mais pesado da primeira noite. Já na tenda EcoMusic, o grande destaque da sexta-feira foram os shows do pernambucano Otto e do grupo Monobloco.
Sábado
O segundo dia do Lupaluna começou com o mesmo frio que marcou a abertura do festival. O rapper paulistano Emicida e os gaúchos do Fresno tiveram de se contentar com um público ainda pequeno, assim como as atrações da EcoMusic. Por lá, a situação mudou de figura durante o show dos curitibanos do Sabonetes. Em formato de quinteto, com a participação do músico Rodrigo Lemos, a banda levou fãs ao festival e canções como "Hotel" e "Quando Ela Tira o Vestido" foram cantadas verso a verso.
Graciosa, a matogrossense Vanessa da Matta tentou não se deixar abater pelo temporal que assolou o BioParque durante sua apresentação no LunaStage. Enquanto grande parte do público correu em busca de abrigo, os que ficaram arranjaram capas de chuva para acompanhá-la no refrão de "Ai, Ai, Ai". Descalça e ensopada pela chuva, Vanessa teve de interromper a apresentação abruptamente, pois o palco foi inundado pela chuva.
A atração mais esperada da noite, o trio californiano Sublime with Rome, também se apresentou debaixo de chuva, porém, já menos intensa. Sem o baterista original Bud Gaugh, ausente por problemas familiares, Rome Ramirez (guitarra e vocal) e Eric Wilson (baixo) contaram com a ajuda do músico Matt Ochoa para tocar os maiores hits da banda, entre eles, "Smoke Two Joints", "Date Rape" e "Santeria". Pouca gente conseguiu ficar parada com a levada ska do trio.
Os brasilienses do Capital Inicial compensaram o show da edição passada do Lupaluna, em que, devido a um temporal, tiveram de improvisar um acústico. Desta vez, carregaram no peso das guitarras para agitar o público com os hits "Natasha", "Independência", "Não Olhe Para Trás" e "Primeiros Erros". O vocalista Dinho Ouro Preto fez ainda uma homenagem a Renato Russo, incluindo as músicas "Que País é Este" e "Fátima" no repertório. O show contou também com a participação especial de Digão, da banda Raimundos, tocando "Mulher de Fases" ao lado do Capital.
Também pela segunda vez no Lupaluna, o rapper carioca Marcelo D2 foi quem mais levou público ao LunaStage na noite de sábado. Com o término de sua apresentação, a plateia migrou para o EcoMusic, onde se apresentava o quarteto Raimundos, que destilou os principais hits acumulados pela banda nos anos 90, encerrando de forma apoteótica com a irreverente "Puteiro em João Pessoa".
Ao fim do evento, além de roupas e calçados encharcados de lama para serem lavados no dia seguinte, restou uma certeza: com sua escalação variada, o Lupaluna foi garantia de diversão para todos os públicos. Que venham mais edições!
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