Futebol e Tremendão agitam a Pedreira

O Tremendão Erasmo Carlos está torcendo para um ótimo placar hoje a favor do Brasil no jogo contra a Colômbia, não apenas por confiar na seleção brasileira e gostar de futebol, mas também para que o clima seja o melhor possível para o show que o cantor faz amanhã na Fifa Fan Fest, na Pedreira Paulo Leminski. É ele quem comanda a festa no sábado – que terá capacidade para duas mil pessoas. Hoje, o acesso à Pedreira é maior, para 15 mil espectadores (veja a programação completa da Fifa Fan Fest no Guia Gazeta do Povo).

Com 25 anos de carreira, a banda curitibana Relespública será a atração principal desta sexta-feira. "Nós estamos encarando como um presente de 25 anos termos sido convidados para tocar um pouco antes do jogo do Brasil, no melhor palco da América Latina. Não poderia ser melhor", afirma o guitarrista e vocalista Fabio Elias.

No repertório, estarão os maiores sucessos da carreira, além de covers de Ira!, Jorge Ben Jor e The Who. "Só não vamos tocar nenhuma música daquela banda inglesa que tem um vocalista com a boca grande e o pé-frio [os Rolling Stones, cujo líder, Mick Jagger, tem fama de azarão]. A gente ama a banda, mas amanhã não é dia para tocar a música deles. Vamos tocar um rock pé quente", brinca Elias. Hillbilly Rawhide e Musik completam a programação – nos dois dias, a discotecagem fica por conta do DJ Maia.

Erasmo, que esteve em Curitiba em abril para o lançamento de seu novo álbum, Gigante Gentil, contou por telefone à Gazeta do Povo que também trará hits para a festa da Copa – do último disco, deve tocar apenas a faixa homônima. "Vamos dar preferência para músicas mais animadas. É um ambiente de muita alegria e cerveja, então o show será o show da hora."

O cantor tem acompanhado todos os jogos do mundial atentamente, até porque os shows andam escassos devido à Copa – ele recomeça sua agenda no fim deste mês. Quando atendeu a reportagem, na última terça-feira, tinha acabado de assistir ao confronto entre Argentina e Suíça – os hermanos venceram com um gol no final da prorrogação, do atacante Di Maria. "Estava vendo aqui, o jogo foi muito sofrido", disse Erasmo. "E todos estão assim, sofridos. A Copa é uma coisa muito séria, os jogadores se superam fisicamente, correm quilômetros, é uma maratona. Os jogos estão nivelados, difíceis. O futebol-arte não tem nem espaço para aparecer", opina.

No sábado passado, Erasmo também sofreu com a disputa de pênaltis entre Brasil e Chile – contou que a festa da comemoração da vitória foi em casa, com a família, e só "não foi maior" por causa da ausência de seu filho, o também músico Alexandre Pessoal, o Gugu, que morreu em maio, aos 40 anos, após um acidente de moto. "Seria uma festa com muito mais amigos se não tivesse acontecido o que aconteceu. Mas todos, eu, meus netos, ficamos lá, nervosos, torcendo muito para a seleção."

Para hoje, o cantor está confiante "na rapaziada [do Brasil], eles são muito bons." Para a final, palpita: "O chavão é Brasil e Argentina, mas torço para que a gente jogue contra a Holanda."

Amanhã, além de Erasmo, se apresentam as bandas Audac e Lou Dog.

Pulseiras

Hoje, serão distribuídas 15 mil pulseiras de acesso para a Fan Fest, a partir das 9 horas, no Centro de Criatividade de Curitiba, no Parque São Lourenço. Para o show de Erasmo Carlos, amanhã, serão apenas duas mil, que começam a ser entregues no mesmo horário e local. Nos dois dias, cada pessoa terá direito a duas pulseiras.