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Estudantes se reúnem com parlamentares na Assembleia Legislativa para discutir a transformação do decreto em lei | Divulgação
Estudantes se reúnem com parlamentares na Assembleia Legislativa para discutir a transformação do decreto em lei| Foto: Divulgação

Mostra

Evento exibe filmes premiados e debates

Na próxima quinta-feira (16), os alunos da Escola Superior Sul-Americana de Cinema e TV do Paraná realizam a Mostra CineTVPR, às 19 horas, no Teatro Sesc da Esquina (R. Visc. do Rio Branco, 969). Serão exibidos dez filmes premiados, produzidos pelos estudantes do curso de graduação em cinema. Em seguida, haverá um painel com os realizadores, mediado pelo professor Pedro Plaza, da Universidade Federal do Paraná, e pelo cineasta Rodrigo Bouillet, do projeto Cine MaisCultura, do Ministério da Cultura (MinC). À tarde, haverá plenária preparatória para a Jornada Cineclubista do Paraná em 2011, com a presença do professor de Filosofia Emmanuel Appel (UFPR).

  • Final de ano é marcado por diversas mobilizações dos alunos pela continuidade da CineTVPR

A intenção era realizar mais um ato político após a reunião do colegiado realizada na última quinta-feira (9), na Faculdade de Artes do Paraná (FAP). Mas os representantes dos alunos da Escola Superior Sul-Americana de TV e Cinema (CineTVPR) saíram do encontro parcialmente satisfeitos com os rumos tomados pelo diálogo. "No início a conversa foi acalorada, mas chegamos a um lugar comum", conta Alexander de Aguiar, aluno do segundo período do curso de cinema.

"Os alunos não se sentem representados pela atual coordenação", diz ele. As principais reclamações dizem respeito ao corte contínuo de verbas, omissão com os problemas do curso, falta de equipamentos e a diminuição da presença de professores convidados – profissionais de renome nacional como Eduardo Escorel e Evaldo Mocarzel –, que começam a ser gradualmente substituídos por professores concursados.

São mudanças iniciadas com a saída do governador Roberto Requião – que, em 2005, determinou a criação de um decreto que previa o surgimento da escola e do Festival do Paraná de Cinema Brasileiro e Latino como parte de um projeto de criação de um polo audiovisual no estado. Com a posse do atual governador Orlando Pessuti, no início do segundo semestre, foram anunciados cortes de verbas para a escola.

"A partir daí, o decreto ficou nas mãos de ninguém, ficamos à mercê da sorte para o curso continuar. O festival já deixou de existir, não queremos que a escola tome os mesmos rumos. O problema é que nosso protesto sempre é encarado de forma pessoal, estamos apenas tentando lutar pelo nossos direitos", diz Aguiar.

A diretora da FAP, Rosane Schoëgel, afirma que está havendo franco diálogo sobre os destinos da CineTVPR. "Estamos amadurecendo a discussão para que possamos fazer reivindicações ao novo governo de Beto Richa de maneira madura, com projetos consistentes a curto, médio e longo prazos. Já fui acusada de querer acabar com a escola. Não quero destruir nada, quero ter o curso superior bem abrigado, com suas questões pedagógicas resolvidas", diz.

Os alunos afirmam que professores convidados estão sendo "desconvidados" pela coordenação. "Isso não é verdade. Este ano vieram muitos profissionais de fora", diz Rosane, evitando enumerá-los. Ela explica que, pouco a pouco, novos professores estão sendo efetivados no colegiado do curso por meio de concursos públicos. "Quatro novas contratações aguardam para serem assinadas pelo governador, além das duas já efetivadas este ano", conta.

Lei

Os estudantes iniciaram recentemente um diálogo com a Assembleia Legislativa do Paraná para transformar a CineTVPR em lei. "A transformação garantiria a construção de estúdios, a aquisição de equipamentos, a vinda de professores convidados, o transporte dos alunos de ônibus até Pinhais", conta Aguiar.

A coordenadora da FAP diz ser favorável à criação da lei, mas afirma que isso deve ser uma iniciativa coletiva. "O projeto prevê um conselho gestor com a participação de várias entidades como a Secretaria de Cultura, a TV Educativa, representantes da FAP, da classe au­­diovisual".

"A diretora sempre tratou o curso de cinema como privilégio. Nosso problema não é ser um curso regular da FAP, queremos que ele seja bem gerido, é uma área que necessita de mais atenção porque prevê equipamentos mais caros, estúdios, manutenção", diz o estudante. "Às vezes, o aluno é ingênuo, acha que a faculdade tem autonomia para decidir todas as questões. Temos de pensar junto com a comunidade, discutir, ver se é vontade de todos", rebate Rosane.

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