ExposiçãoJoão Baptista Groff Caçador de ImagensCasa Romário Martins (Largo da Ordem, 30 Setor Histórico). 3ª a 6ª, das 9h às 12h e das 13h às 17. Sáb, dom. e feriados, das 9h às 14h. Entrada franca. Até 1º de novembro.
Poder ver a Curitiba de ontem, a evolução da cidade e até mesmo a preservação de locais históricos. Fotos como a do extinto Cine Luz, das principais ruas e praças da cidade, como a XV de Novembro, Barão do Rio Branco e as praças Tiradentes e Osório, no início do século 20, estão presentes na mostra que reúne 50 fotografias de João Baptista Groff, que retratou como ninguém o cotidiano daqui. Outro ponto curioso da exposição é ver bairros hoje totalmente urbanizados, como o Orleans, com plantações de trigo. A mostra traz ainda um vídeo editado com trechos de trabalhos audiovisuais do cineasta ele foi o responsável por Pátria Redimida, o filme mais importante da primeira fase do cinema paranaense, que documentou o início da Revolução de 30. A visita à exposição também vale para conhecer a Casa Romário Martins, um dos únicos exemplares da arquitetura colonial na cidade.
Preste atenção: Na contextualização histórica, algo que enriquece muito a exposição. A curadoria, do coordenador de pesquisa da diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Cultural de Curitiba, Marcelo Sutil, e da arquiteta Doris Regina Teixeira, teve o cuidado de explicar, por exemplo, ruas e travessas que foram abertas para dar lugar a outro logradouro.
CD 1TuskegeeLionel Richie. Mercury/Universal. R$ 29,90. R&B/Country.
Ex-vocalista da banda Commodores, enorme sucesso nos anos 70 e 80 ao misturar disco, soul, funk e R&B, Lionel Richie alcançou êxito ainda maior quando se lançou em carreira solo. Teve inúmeros hits, como "Hello" e "All Night Long", chegando a ganhar o Oscar de melhor canção original, com "Say You, Say Me", do musical O Sol da Meia-noite (1985), estrelado por Mikhail Baryshnikov e Isabella Rossellini. Neste álbum, que semana passada chegou ao primeiro lugar na parada Billboard, dos Estados Unidos, o cantor e compositor faz releituras de seus maiores sucessos, em duetos com grandes astros da música country.
Preste atenção: Ritchie sempre teve como meta não ser apenas um artista de R&B, e ter um apelo mais pop. Por conta disso, essas releituras country funcionam tão bem. Os destaques ficam por conta da nova versão de "You Are", ao lado de Blake Shelton, e, sobretudo, de "Easy", hit do repertório dos Commodores, que ganhou uma bela releitura com bandolins, harmônicas e a luxuosa participação de Willie Nelson
Livro 1Synthomas de Poesia na InfânciaGloria Kirinus. Editora Paulinas. 120 págs., R$ 25. Psicologia.
Portadoras de transtornos de comportamento ou crianças vivendo intensamente as possibilidades da mente humana durante a infância? A pedagoga e professora Glória Kirinus coloca esta questão ao longo do livro, ele mesmo escrito em uma linguagem permeada pela poesia, ainda que estruturado sobre o rigor acadêmico. O objeto de estudo de Gloria são os "avoados, habitantes do mundo da lua, tornados, terremotos, atrapalhados, ovelhas negras". Ou seja, crianças de comportamento menos dócil ou distraídas e que podem até receber diagnósticos de transtornos psicológicos.
Por que ler? A autora não questiona a existência do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), mas propõe um reconhecimento da natureza da infância, para que crianças com grande potencial não sejam tratadas como "problemas" por conta de suas particularidades.
CD 2A Different Kind of TruthVan Halen. Universal. R$ 30. Hard Rock.
Após um hiato de 14 anos sem lançar um disco de inéditas, o Van Halen retorna com A Different Kind of Truth. O álbum marca a volta de David Lee Roth aos vocais da banda. Ele havia deixado o grupo em 1985 para seguir carreira solo após brigar com os irmãos Van Halen. Aparentemente, as rusgas foram deixadas no passado e quase 30 anos depois a voz de Roth continua a mesma, para deleite dos fãs. Inclusive, A Different... dá mostras de ter sido feito apenas para agradar aos velhos admiradores da banda. Preste atenção: Nos mesmos solos de guitarra de Eddie Van Halen. Nos backing vocals (uma marca do grupo) que estão lá, apesar da demissão do baixista Michel Anthony em 2006 que também saiu brigado com os Van Halen , dando lugar para o filho de Eddie, Wolfgang. Na competente bateria de Alex Van Halen e suas viradas e passagens. Tudo igual ao que eles já haviam feito em Van Halen (1978), Fair Warning (1981), Diver Down (1982), MCMLXXXIV (1984), 5150 (1986) já com Sammy Hagar como vocalista e Van Halen III (1998) com Gary Cherone nos vocais.
Livro 2A Reinvenção dos QuadrinhosÁlvaro de Moya. Criativo, 96 págs., R$ 39. História.
Considerado o maior especialista em histórias em quadrinhos do Brasil, o jornalista, escritor, ilustrador e diretor Álvaro de Moya reúne neste A Reinvenção dos Quadrinhos ilustrações e biografias dos envolvidos na 1ª Exposição Mundial de Quadrinhos, realizada na cidade de São Paulo, ocorrida no dia 18 de junho de 1951, no Centro Cultura e Progresso, no bairro Bom Retiro. A realização do evento teve a ajuda do próprio autor, que articulou forças junto a nomes do ramo, como Reinaldo de Oliveira, Syllas Roberg e Miguel Penteado, e levou, pela primeira vez, as histórias em quadrinhos à uma galeria, apresentando a linguagem como arte.
Por que ler? Com apresentação de Will Eisner, um dos maiores quadrinistas do século 20, o livro remonta parte do melhor e do pior da história do quadrinho nacional, escrita por quem viveu o período ativamente uma parte da cultura do país pouco conhecida e valorizada, ainda que de extrema importância para se entender a profusão da linguagem no século 21.
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