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Livro

A Rainha do Cine Roma (foto ao lado).

Alejandro Reyes. Leya. 296 págs. R$ 39,90. Romance.

O jornalista mexicano Ale­jandro Reys vive há alguns anos no Brasil, onde tem trabalhado em programas sociais com crianças e adolescentes de rua. Essa experiência serviu de matéria-prima para ele escrever o romance, sua estreia na ficção. A Rainha do Cine Roma mostra o que os leitores brasileiros já conhecem, seja por meio do filtro da televisão, como pelo contato direto, mesmo que "de passagem", pelas ruas: muitas crianças são apresentadas à face dura e cruel da vida e parecem não ter direito ao mínimo de bem-estar. (MRS)

CD1

United Nations of Sound (foto 1).

RPA & the United Nations of Sound. EMI. Preço médio: R$29,90. Indie rock.

Não se sabe o que é direito, mas Richard Ashcroft tem uma marca só dele. O ex-vocalista da banda The Verve, responsável por hits históricos como "Bitter Sweet Symphony" e verdadeiros rompantes de criatividade como "The Sonnet", estava meio às moscas depois de lançar Forth (2008), quando o The Verve – que reforçou o britpop nos anos 1990 –- voltou a se reunir.

Com nova banda e novo álbum, no entanto, Ashcroft continua a ser o mesmo, só que agora sob a alcunha de RPA & The United Nations of Sound.

Apesar de soar um pouco preguiçoso em algumas faixas, como na repetitiva "Are You Ready", algumas músicas poderosas – preste atenção em "This Thing Called Life" e "Glory", fazem o álbum valer a pena. O groove e o soul dão um novo colorido às canções de Ashcroft, o eterno vocalista do The Verve. (CC)

CD2

Close-Up Vol. 1, Love Songs (foto 2)

Suzanne Vega. Lab 344. R$ 32,90. Pop.

"My name is Luka/ I live on the second floor". Pronto, agora você já sabe de quem estamos falando: Suzanne Vega. O hit "Luka", de 1987, que catapultou a cantora e compositora norte-americana ao estrelato mundial, acabou ofuscando, de certa forma tudo o que ela veio a gravar posteriormente.

Uma pena, pois os sete álbuns que compõem sua discografia de estúdio são repletos de composições belíssimas, letras excelentes e sensibilidade acima da média.

Isso fica ainda mais evidente em Close-Up Vol. 1, Love Songs, primeiro de uma série de quatro discos temáticos em que Suzanne se dedica a reinterpretar canções de seu vasto repertório. O primeiro volume conta com 12 faixas que tratam de amor, atração, flerte e conflitos afetivos.

Gravadas de maneira íntima e pessoal – somente voz e violão – o disco traz novas versões para canções influentes, de todas a fases da carreira de Suzanne, como "Marlene on the Wall" (single do álbum de estreia da cantora) (JG)

Revista

Serrote 5 (foto 3)

Matinas Suzuki Jr., Rodrigo Lacerda e Samuel Titan Jr. (ed.). Instituto Moreira Salles (IMS), 224 págs., R$ 29,90. Ensaio.

Dá prazer folhear a Serrote. Quando a revista chega, a cada quatro meses, é difícil largá-la. Fi­­­­co andando com ela na mochila até que destrincho todo o conteúdo e acabo, sem querer, me­­­­morizando os colaboradores da vez. Não entendo nada de artes plásticas, mas presto atenção nos artistas apresentados pelo IMS (William Kentridge e Maira Kalman na nova edição). Entre os textos de não-ficção, a quantidade de medalhões da literatura impressiona: David Grossman escreve sobre Bruno Schulz, W.G. Sebald fala de Robert Walser. Para ficar só em dois exemplos. A revista é viciante. (IBN)

Site

Metacritic.com (foto 4)

O Metacritic é um site agregador de resenhas de filmes, seriados, games e música. A página reúne avaliações dos principais críticos norte-americanos sobre determinado produto – um filme, um jogo, um álbum de música. Cada resenha recebe uma nota de 0 a 100, e o produto é avaliado pela média das notas. Toy Story 3, por exemplo, lidera a lista dos filmes recém-lançados no cinema, com 93 pontos. A grande utilidade do site é que o usuário pode ter uma ideia do que os principais críticos – Anthony Lane, da New Yorker, Roger Ebert, do Chicago Sun-Times, David Edelstein, da New York Magazine, por exemplo – pensaram sobre um filme e quais os motivos de terem ou não gostado da obra. Aí, basta ver se esses argumentos são bons os suficientes para te fazer ir (ou deixar de ir) ao cinema – ou comprar um álbum ou um jogo. O site também publica um trecho da resenha e o link para a crítica completa. A dica é: mantenha-se longe dos que recebem nota vermelha. (BB)

Exposição

Sombras e Sortilégios (foto 5)

Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999).Tel. (41) 3350-4000. Terça a domingo, das 10 às 18h. Mostra do artista Marcello Grassmann. Até 29 de agosto.

Para quem apre­­­cia gravura, é fácil definir esta mostra: ela é imperdível. Reúne uma boa quantidade de exemplos do trabalho do paulista Marcello Gras­­­smann. Aos 85 anos, Grassmann é o grande nome da gravura brasileira. No MON, estão reunidas xilogravuras, litogravuras, gravuras em metal e desenhos produzidos ao longo da duradoura carreira do artista. A despeito das mudanças de técnica, em todos os trabalhos ele mantém uma temática coerente, que gira em torno de figuras mitológicas e da interação entre seres humanos e animais. São imagens fortes e até perturbadoras, mas sempre elegantes. (MS)

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