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LivroO Colapso de TudoJohn Casti. Tradução de Ivo Korytowski e Bruno Alexander. Intrínseca, 352 págs., R$ 29,90.

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O fim está próximo. Nem adianta fugir para as colinas. É inevitável devido "ao fracasso absoluto da chamada civilização avançada". Esta é a conclusão do matemático americano John Casti.

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De forma provocadora, ele examina neste volume onze situações que podem devolver a humanidade, "se tivermos sorte", a uma espécie de nova Idade Média.

Especialista em estudos das teorias dos sistemas e da complexidade, Casti dirige uma instituição com sede em Viena, na Áustria, que analisa "eventos extremos" causados pelo homem e tenta prever suas ocorrências.

A escassez de energia elétrica e de água potável, a interrupção generalizada da internet, uma pandemia global e robôs inteligentes que dominaram a humanidade são alguns dos exemplos.

Para ele, o fim não será a ira de Deus ou a queda de um asteroide, mas sim a repetição de comportamentos e ideias que são, inclusive, muito bem recompensadas na atual e desajustada sociedade global.

Por que ler? Mesmo que seu conteúdo seja terrivelmente derrotista (ele não prevê, por exemplo, alternativas possíveis em alguns casos) o texto de Casti é instigador, pois embasado em pesquisas e experiências difíceis de negar.

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Para quem acredita no fim dos tempos é um belo manual de comportamento no apocalipse. Para quem não acredita, dá assunto para boas conversas em mesas de bares ou cafés. (SM)

SiteEl Puercoespín www.elpuercoespin.com.ar

Não é de hoje a guerra travada na Argentina pelo poder contra a imprensa. A atual presidente Cristina Kirchner critica constantemente os veículos e pressiona pela aplicação da Lei de Mídia aprovada em 2009, que obrigaria o grupo Clarín a aceitar cláusulas antimonopólio (que estão suspensas pela justiça). Pesquisadora do assunto, a jornalista Graciela Mochkofsky é autora de livros sobre o tema e também fudadora do site El Puercoespín, onde discute essa dinâmica em seu país. O site também abriga textos sobre a política na América Latina, além de análises de conflitos atuais em outras partes do mundo, como na Síria. É possível ler ainda discussões como o fragmento de uma conferência onde o filósofo Slavoj Zizek fala sobre a veneração ao vídeo "Gangman Style", do sul-coreano Psy. Além disso, há uma reportagem sobre a nova classe média brasileira, que menciona a febre da novela Avenida Brasil, os novos comportamentos dos brasileiros e traz uma entrevista com o economista Marcelo Neri.

Não deixe de visitar: A parte de fotos do site, que traz imagens de fotógrafos de vários locais do mundo. (IR)

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CD 1Além Mar, Além de MimCiça Marinho. Independente. Preço não informado. Vendas pelo site www.multlaser.com.br. Fado.

A paulista Ciça Marinho canta neste seu terceiro disco, Além Mar, Além de Mim, com o sotaque de seus pais portugueses, à exceção da última faixa, "Terras de Mim", em que faz um balanço de suas duas identidades, a lusa e a brasileira. Nas outras 13 canções, interpreta compositores nacionais, como Chico Buarque ("Tanto Mar" e "Fado Tropical") e Ivan Lins ("Barco Fantasma") e portugueses, como Daniel Gouveia. A cantora faz um apanhado de várias influências da música daqui e de além-mar, contando com a participação do fadista português Jorge Fernando, que tocou e compôs com Amália Rodrigues. Sucesso em sua voz, "Barco Negro" aparece aqui em ritmo de baião. O disco inclui uma faixa de autoria própria, a jocosa "Ora Bate, Bate [Griliho]".

Por que comprar?: Apesar de ser um pouco difícil de obter – o site que vende o produto tem estoque limitado e pode demorar a fazer a entrega – vale a pena investir em projetos quase artesanais como este, mas que trazem boa qualidade musical e, ainda mais importante: a alma do artista. (HC)

CD 2Ya’ Ya High-Fi Vol. 1Vários artistas. Compilação de Marcelo da Lua. EMI. R$ 21,90. Pop.

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Há mais de 20 anos um garimpeiro de discos raros, o DJ e produtor Marcelinho da Lua passou a comandar em 2012 a Ya’ Ya High-Fi – uma festa carioca residente no Studio RJ embalada por pérolas em vinil.

Entre elas estão gravações brasileiras do acervo da EMI/Odeon das décadas de 1960, 1970 e 1980, que foram reunidos na coletânea Ya’ Ya High-Fi Vol. 1.

Por que ouvir? A seleção privilegia a tradição mais suingada da música brasileira – do sambalanço representado por Elza Soares e Miltinho (na vinheta "Diálogo de Criolos", de 1968) ao samba-rock de Jorge Ben Jor (em "Eles Querem Amar", na ótima interpretação de Claudette Soares, de 1975), passando pela pilantragem de Wilson Simonal (que canta "Zazueira", também de Jorge, em 1968) e pela fase soul de Marcos Valle ("O Cafona", 1971).

Destaque também para as versões irreverentes de Paulo Diniz para Gonzagão ("Baião", de 1974) e de João Donato para Dorival Caymmi ("Cala Boca, Menino", 1973).

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O charme vintage das gravações é um atrativo à parte – vide a bela e remota sonoridade de "Balanço no Asfalto", de Zairo Marinoso (1964). Faltou, no entanto, um encarte com informações mais completas. (RRC)

CD 3Close-Up 4: Songs of FamilySuzanne Vega. LAB 344. R$ 29,90. Folk rock.

Em 1985, a cantora e compositora Suzanne Vega lançou seu primeiro – e brilhante – álbum, autointitulado, que trazia canções como "Marlene on the Wall" e "The Queen and the Soldier". Passados 25 anos, e depois de ter vendido mais de sete milhões de cópias, muitas delas do disco Solitude Standing, impulsionado pelo sucesso planetário da canção "Luka", a artista é hoje vista como uma das mais brilhantes autoras de sua geração. Desde 2010, Suzanne tem se dedicado a reinterpretar a maior parte de suas canções, de maneira muito pessoal, em quatro álbuns. Songs of Family é o volume final dessa quadrilogia, batizada de Close-Up .

Preste atenção: Neste quarto volume, Suzanne reúne canções que falam de sua família e de pessoas das quais ela se julga muito próxima. O CD inclui algumas de suas primeiras composições, entre elas "The Silver Lady", escrita quando ela tinha apenas 14 anos. (PC)

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