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DVDO Homem Que Mudou o JogoEstados Unidos, 2012. Direção de Bennett Miller. Sony Pictures. Classificação indicativa: 10 anos. Apenas para locação. Drama.

Apesar de ter disputado o Oscar de melhor filme, O Homem Que Mudou o Jogo passou meio batido pelo circuito exibidor brasileiro, possivelmente por tratar de um esporte um tanto desconhecido entre nós: o beisebol. Adaptação de um livro de não ficção, publicado em 2003 por Michael Lewis, o filme conta como dois homens foram às últimas consequências para mostrar que um time não precisava de grandes astros para ser campeão.

Em 2002, Billy Beane (Brad Pitt, indicado ao Oscar por sua ótimo atuação), ex-jogador que um dia fora uma grande promessa do esporte, tenta administrar os Athletics (A’s), de Oakland, na Califórnia, equipe que até consegue bons resultados, mas tem de sobreviver às custas de um orçamento enxuto.

Quando Beane conhece – e contrata – Peter Brand (Jonah Hill), um economista formado em Yale, nada atlético, ele descobre que existe uma luz no fim do túnel. Brand é discípulo de Bill James, guru da estatística, que por meio de estudos quantitativos detalhadíssimos, tenta provar a Beane que ele não precisa contratar, por milhões de dólares, superjogadores. Os números mostram que, com os recursos disponíveis, os A’s podem vencer com integrantes de habilidades conjugadas e complementares.

Por que assistir? Bennett Miller (de Capote), um diretor talentoso que reafirma com O Homem Que Mudou o Jogo sua habilidade em lidar com temas históricos, se sai bem em vários sentidos. E, graças ao excelente roteiro dos vencedores do Oscar Steven Zaillian (de A Lista de Schindler) e Aaron Sorkin (de A Rede Social), conta uma história de beisebol capaz de emocionar até mesmo quem pouco ou nada entende sobre o esporte. (PC)

SiteKeith Morris Photowww.keithmorrisphoto.co.uk

Um dos fotógrafos da cena musical mais importantes da Inglaterra, Keith Morris morreu em 2005, aos 66 anos, mas deixou vivo um legado de imagens icônicas registradas ao longo de seus 40 anos de carreira. Morris começou a fotografar no auge do swinging sixties, como é chamada a efeverscente cena cultural londrina da década de 1960, trabalhando para veículos da imprensa underground. Ao longo dos anos, tornou-se parceiro profissional e amigo pessoal de artistas como Marc Bolan e Elvis Costello, que registrou em fotografias hoje conhecidas pelo mundo inteiro.

Por que acessar? Dividido em oito álbuns, os principais trabalhos de Morris podem ser apreciados e comprados em seu website. Entre os destaques, está a galeria The Nick Drake Portfolio, só com retratos do músico inglês da cena folk dos anos 70. Morto prematuramente em 1974, aos 26 anos, Drake foi fotografado apenas por Morris ao longo de sua abrupta carreira. Já o álbum Marc Bolan & T-Rex traz imagens do músico registradas entre 1971 e 1972, quando Morris o acompanhou em uma turnê pela Europa e os Estados Unidos. (JG)

CD 1Box Los HermanosSony Music. R$ 79,90. Pop-rock.

A Sony pegou carona na turnê dos 15 anos de carreira do Los Hermanos relançando a discografia do grupo. O box traz o debute do quarteto carioca, Los Hermanos (1999), que apresentou a banda ao país ainda em sua roupagem hardcore – de onde, curiosamente, surgiu o hit pop "Anna Julia". A guinada estética já está registrada em Bloco do Eu Sozinho (2001), que traz elementos mais experimentais e ligados à música brasileira, e se consolida no Ventura (2003). 4, o último e melancólico disco, já trazia as marcas das divergências que levariam os cariocas a anunciarem a interrupção das atividades da banda por tempo indeterminado. Eles ainda lançariam o DVD ao vivo Los Hermanos na Fundição Progresso (2007), também parte do box.

Por que ouvir? A discografia permite rever, anos depois, a trajetória que possibilitou ao grupo formar o fiel contingente de seguidores (que lotou os shows da turnê comemorativa em 2012) e se tornar referência para artistas que até hoje orbitam, direta ou indiretamente, em torno da estética de fusão do rock com a música brasileira que a banda ajudou a sedimentar na cena alternativa. (RRC)

CD 2Além do Que os Olhos Podem VerJamily. Som Livre. R$ 17,90. Gospel.

O novo álbum de Jamily impressiona na primeira faixa, que dá nome ao CD, pela batida pop animada, com ritmo e melodia num crescendo contínuo. Não fica atrás das superproduções americanas e australianas tão presentes no cenário gospel. A segunda música surpreende pela maturidade da letra, que ensina que sonhos inalcançados não devem ser vistos como projetos fracassados: "por Deus você jamais foi esquecido". Ainda que, na sequência, algumas faixas resvalem para a baixa inventividade, especialmente na música, pode-se dizer que as letras sustentam a qualidade. "A tua presença é suficiente/ para eu existir". Musicalmente, a artista se sai melhor quando entra de cabeça no terreno da música eletrônica, como faz novamente nas faixas "Vem Louvar" (com reprise em espanhol no final do álbum), "Vamos Louvar ao Senhor" e "Vou Voar". Sugere um louvor que sai do sofá e vira dança.

Por que ouvir?: Além da voz que se sustenta, a cantora conta com a participação do Coral Resgate, na faixa I Surrender All, leitura de um clássico do hinário cristão em língua inglesa ("Tudo Entregarei"). (HC)

ExposiçãoPoty, de Todos Nós

Foto: Kraw Penas/Divulgação

A exposição inaugurada em março no Museu Oscar Niemeyer – no dia 29, aniversário de Curitiba e do artista, é uma verdadeira celebração a Poty, e ajuda o visitante a conhecer outros aspectos da obra do muralista, cujos traços quase se misturam com a paisagem urbana da cidade. Com curadoria de um dos maiores designers do país, Oswaldo Miranda (o Miran), e assistência do também designer Lucio Barbeiro, da Gazeta do Povo, a mostra, que ocupa todo o salão principal do MON, traz obras inéditas e mais de 800 itens. Grande parte do material pertence ao acervo da Fundação Poty, dirigida pelo irmão do artista, João Ge­­­raldo Lazzarotto, que guardou registros raros e desconhecidos do público, como fotografias da infância e juventude de Poty e da primeira exposição (feita em uma sala na Travessa Oliveira Belo). Há também entalhes em madeira e bilhetes bem-humorados que o artista escrevia para a esposa, Célia. Quem ainda não viu a mostra, terá tempo para se programar, já que o museu acaba de prorrogar o tempo da exposição, que fica em cartaz até o dia 30 de setembro.

Preste atenção: Nas capas das obras literárias feitas por Poty. Seu trabalho de ilustração editorial compreende livros essenciais, como Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. (IR)

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