| Foto:

Blu-rayTrilogia das Cores(Trois Couleurs: Bleu, Blanc, Rouge, França/1993-1994). Caixa com os longas-metragens A Liberdade É Azul, A Igualdade É Branca e A Fraternidade É Vermelha. Direção de Krzysztof Kieslowski. Com Juliette Binoche, Irène Jacob, Jean-Louis Trintignant e Julie Delpy. Versátil. 289 min. Classificação indicativa: 14 anos. Preço médio: R$ 149,90.

CARREGANDO :)

Esta Edição Definitiva em alta definição da extraordinária Trilogia das Cores, do cineasta polonês Krzysztof Kieslowski, inclui três discos Blu-ray com versões restauradas dos três filmes inspirados nas cores da bandeira da França e nos três valores defendidos pela Revolução Francesa. A caixa também inclui quase sete horas de vídeos extras inéditos, incluindo depoimentos e documentários. As tramas são ambientadas em Paris, Varsóvia e Genebra, e vão, com desenvoltura e maestria, da tragédia à comédia, entrecruzando as histórias de um grupo de personagens que vivenciam momentos de crise em suas respectivas vidas.

Publicidade

Você sabia? A Liberdade É Azul ganhou os prêmios de melhor filme e atriz no Festival de Veneza, em 1993. Por A Fraternidade É Vermelha, Kieslowski foi indicado a três Oscars: filme estrangeiro, roteiro e direção. O cineasta também venceu o prêmio de melhor diretor no Festival de Berlim, em 1994, pelo segundo longa da trilogia, A Igualdade É Branca (PC)

RevistaDiário da TardePaulo Mendes Campos. Instituto Moreira Salles. R$ 44,90. À venda na loja do IMS (www.lojadoims.com.br/ims/)

O escritor mineiro Paulo Mendes Campos (1922-1981) imaginou uma publicação muito pessoal em que falaria de livros, de futebol, de poesia e exercitaria seu talento para as frases e para o humor irônico. O resultado foram 20 edições do Diário da Tarde, publicadas em 1981 pela editora Massao Ohno/Civilização Brasileira. Mais de 20 anos depois, quem não leu aqueles deliciosos textos de PMC (e quase ninguém leu...) tem agora uma chance. Os Diários foram reunidos em formato tabloide (papel pólem, 41 x 30 centímetros) pelo Instituto Moreira Salles, que é o detentor do acervo do escritor. O resultado é genial. Difícil dizer o que é melhor, se os textos eruditos mas acessíveis da seção "Artigo Indefinido" ou se a inspirada coluna "O Gol É Necessário", em que ele fala de futebol.

Por que ler? O estilo de Paulo Mendes Campos, sofisticado e leve, faz de um texto sobre futebol uma obra literária. Ao escrever sobre literatura, ele se transforma em um ensaísta tão acessível quanto um cronista. Em resumo, O Diário da Tarde é um tesouro. (MS)

Publicidade

CD 1MatangiM.I.A. Interscope Records. Importado. US$ 10. Eletrônica.

Após quase um ano de atraso devido a disputas judiciais com a gravadora Universal, chegou às lojas estrangeiras no mês passado Matangi, quarto disco da cantora inglesa de origem tâmil (Sri Lanka) M.I.A. Lançado em esquema independente, ainda sem previsão de edição brasileira, o álbum é o primeiro a não contar com a participação de Diplo, seu ex-marido e parceiro musical de longa data. Ao invés disso, Maya optou por trabalhar com diversos produtores e colaboradores, dando a Matangi uma multiplicidade sonora impressionante.

Preste atenção: Inventivas e inimitáveis, as canções de Matangi parecem colagens sonoras de samples e vocais manipulados até a distorção total. O caos rítmico da faixa-título, a influência bollywoodiana de "Only 1 U" e a mistura de reg­­gae com dabke (dança folclórica árabe) de "Double Bubble Trouble", causam estranheza, mas não deixam o ouvinte parado. Para os fãs da faceta mais pop de M.I.A., os destaques do novo disco ficam por conta do hit "Bad Girls", da desacelerada "Exodus" e da melódica "Come Walk with Me". (JG)

Fotografiawww.flickr.com/oavestruzFotos de Marco Novack. Teatro e cinema.

Publicidade

Marco Novack/Divulgação

A imagem do cinema e do teatro curitibanos se concentra, em grande parte, nesse site. O fotógrafo e produtor Marco Novack acompanha ensaios das montagens e realiza sessões especiais de registro das criações na cidade.

A maior parte tem relação com sua companhia, a Vigor Mortis, que atua nas duas frentes, a teatral e a cinematográfica. Estão lá teasers fotográficos da próxima estreia do grupo, que acontece nesta quinta-feira, Marlon Brandon, Whiskey, Zumbis e Outros Apocalipses.

Das anteriores, há arquivos de No Fio da Meada, Darwin, A Falsa Suicida, Peça Ruim, e ainda a série Cena HQ, que leva leituras dramáticas de histórias em quadrinhos ao Teatro da Caixa.

Publicidade

E sangue, muito sangue cênico – característica da Vigor.

Há também retratos de colegas artistas, como Uyara Torrente (foto), Giovana Soar, Luiz Felipe Leprevost, Leo Fressato, e de grupos musicais, como A Banda Mais Bonita da Cidade.

Por que acessar: Pelo Flickr, é possível acompanhar quase em tempo real os bastidores de algumas produções teatrais e cinematográficas da cidade. (HC)

CD 2I A R AIara Rennó. Jóia Moderna. U$ 8,99 (no iTunes). Download grátis no site www.iararenno.com. Alternativo.

Publicidade

Cantora e compositora paulista cuja discografia remete ao primeiro disco do grupo DonaZica em 2003, Iara Rennó, hoje morando no Rio de Janeiro, acaba de lançar seu primeiro disco de fato autoral – cinco anos depois do conceitual Macunaíma Ópera Tupi (2008).

Produzido por Moreno Veloso, com direção musical e artística da própria cantora, o disco registra as belas composições de Iara com uma sonoridade brasileira antenada, de trânsito fluido entre o rock (ouça "Já Era"), o eletrônico retrô ("Arroz sem Feijão") e o experimental ("Estribilho").

Além da guitarra de Iara, os arranjos contam com Ricardo Dias Gomes (minissintetizador eletrônico) e Leo Monteiro (bateria, percussão eletrônica e ruídos).

Preste atenção: entre as faixas do disco está uma versão para "Roendo as Unhas", do cultuado Nervos de Aço (1973), de Paulinho da Viola, em uma roupagem pós-punk. (RRC)