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DVD

Philomena

(Philomena, Reino Unido/EUA/França, 2013). Direção de Stephen Frears. Com Judi Dench e Steven Coogan. Paris Filmes. 98 min. Classificação indicativa: 12 anos. Apenas para locação. Drama.

Indicado ao Oscar 2014 em quatro categorias – filme, atriz (Judi Dench), roteiro adaptado e trilha sonora original –, este tocante longa-metragem do cineasta britânico Stephen Frears (de A Rainha e Ligações Perigosas), é inspirado em fatos reais, tomando como base o livro-reportagem homônimo, assinado pelo jornalista Martin Sixsmith, lançado no Brasil pela Verus Editora. A personagem-título é uma enfermeira irlandesa (Judi Dench, em atuação extraordinária), que resolve quebrar o silêncio em torno de um fato trágico de sua juventude, sobre o qual nunca conversou com ninguém. Há 50 anos, quando ainda era adolescente, vivia de favor, em troca de trabalho, em um convento católico na localidade de Roscrea, interior da Irlanda, ela deu à luz um menino, Anthony, fruto de um namorico. Como punição por ter mantido relações sexuais antes do casamento, Philomena é impedida pelas freiras de ficar com a criança, que é adotada por um casal, cuja identidade jamais conseguiu descobrir.

Você sabia? Sixmith é vivido no filme por Steve Coogan, que também coassinou o roteiro do filme, premiado no Festival de Veneza. Na vida real, o jornalista empreendeu a busca por Anthony, filho de Philomena, ao lado da filha da personagem, o que não é mostrado pelo filme. (PC)

Exposição

Heist Films Entertainment

Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999, Centro Cívico), (41) 3350-4400. Visitação de terça-feira a domingo, das 14h às 20 horas. R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada). Até 6 de julho.

Nos vídeos do artista visual paulista Gustavo Von Ha, em cartaz na exposição Heist Films Entertainment, no Museu Oscar Niemeyer, pode se ver todos os clichês hollywoodianos que rondam o cinema: as temáticas, a fotografia e as musas como estrela principal. Gustavo começou a fazer trailers de filmes inventados, todos muito bem acabados e com locações em grandes metrópoles (como Nova York e São Paulo), que se tornaram virais na internet. Depois do sucesso na rede, o artista reuniu os vídeos, elaborou cartazes dos "filmes" e caracterizou os espaços que dão acesso ao salão principal do MON – o "olho" –, com os objetos de cena e fotografias do processo. É a primeira vez que o trabalho, que reúne diversas referências de produções anteriores do artista, é exposto em um museu.

Preste atenção: na reflexão proposta pela exposição. Os vídeos não são apenas uma paródia da produção de cinema em massa, mas incitam o visitante a pensar sobre o limite entre realidade e ficção, além de abordar, ironicamente, o mundo de versões em que vivemos. (IR)

HQ

45 Rotações de Rock

Hervé Bourhis. Tradução de Diego de Kerchove. Conrad, 48 págs., R$ 37,90. Quadrinhos.

Ele é especialista em uma artimanha: combinar quadrinhos e música. Autor dos ótimos O Pequeno Livro do Rock e O Pequeno Livro dos Beatles, o francês Hervé Bourhis volta à cena com 45 Rotações de Rock, álbum em que traz uma seleção ilustrada – e subjetiva – dos singles mais emblemáticos da história do rock – de 1945 até os nossos dias. Com seus traços originais e contemporâneos, sabemos mais sobre "Be-Bop-A-Lula", de Gene Vincent, mas também de "Paranoid Android", do Radiohead.

Há um Hervé muito informativo, que responde em pequenas fichas quando os singles foram lançados, qual a origem e o contexto musical da época e o selo pelo qual saíram. O bom-humor surge em diversos capítulos, como o que fala sobre o single "Buddy Holly", lançado em 1994 pela banda norte-americana Weezer. Como complemento, cria um quadro em que elenca "Os Melhores Míopes do Rock" – John Lennon e Jarvis Cocker, vocalista do Pulp, estão na lista dos ceguetas.

Brasil: A seleção feita por Hervé inclui uma, e só uma, banda brasileira. Os Mutantes marcam presença com o single "Panis et Circenses", lançado em 1968. O francês classifica a música como "uma experiência excitante, lisérgica e inovadora em algum lugar entre Zappa e The Mamas & The Papas." (CC)

CD

IAN

Ian Ramil. Escápula Records (distr.). R$ 29,90. MPB.

Ian Ramil é representativo de um movimento recente da cena de Porto Alegre, ao lado de grupos como Apanhador Só e Musa Híbrida, que vai mais na direção da MPB do que do rock sessentista – estética que marcou (e, dirão alguns, até estigmatizou) a música gaúcha. Em seu disco de estreia, o cantor e compositor une estes universos com canções de letras bem-feitas (que ecoam a tradição brasileira em faixas como "Nescafé", parceria com integrantes do Apanhador Só) embaladas por uma sonoridade pop espontânea e positivamente pretensiosa (que lembra e cita diretamente os Beatles em timbres e temas incidentais). Algumas ideias soam repetitivas e nem todas as suas tiradas poéticas funcionam bem. Mas IAN flui com elegância e originalidade, e pode revelar uma grata surpresa para quem der uma chance a ele.

Preste atenção: O sobrenome não é coincidência. Ian é filho do cantor e compositor Vitor Ramil, e sobrinho da dupla Kleiton e Kledir, ícones da música do Rio Grande do Sul. (RRC)

Infantil

Histórias cantadas da Arca de Noé

Dois volumes. R$ 25 cada. Compras pelo blog lojamusica­quevem­deminas.blogspot.com.br.

A cantora mineira Ana Cristina resgata em seus dois discos da coleção Arca de Noé o cancioneiro dedicado aos animais criado por Vinicius de Moraes e Toquinho nos anos 1980. Estão lá "O Gato", "A Pulga", "As Abelhas" e "O Pato", ao lado de "O Pingüim", a coitada coitadinha "Galinha d’Angola" e "O Peru", em melodias e letras que nunca deixaram o imaginário nacional.

A artista entrelaça nos dois álbuns faixas de contação de história com as canções, formando uma linha narrativa que prende a atenção das crianças e envia a imaginação para algum sítio no interior. Fazem parte do pacote clássicos como a história da "casa muito engraçada".

Há ainda faixas mais raras, como "A Lenda do Pégaso", de Jorge Mautner e Morais Moreira.

Dica: Experimente colocar as faixas "animais" e pedir para as crianças imitarem os personagens entoados – elas vão à loucura. No final, playbacks oferecem a opção de colocar a plateia de casa ou da escola para cantar.

No encarte, fichas possibilitam brincar e embaralhar os animais cantados. (HC)

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