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ColeçãoMasters of CinemaVários autores. Phaidon Press. Preço médio: R$ 22 cada volume. Importado.

A revista francesa Cahiers du Cinéma, bíblia de cinéfilos desde os anos 1950, lançou em 2007 um conjunto de edições especiais dedicadas a grandes diretores. Agora, os editores da publicação decidiram relançar versões em inglês da coleção, batizada Masters of Cinema – e esses volumes já podem ser encontrados nas grandes livrarias de Curitiba. Os textos são escritos por especialistas na filmografia do cineasta em questão. Assim, críticos do Le Monde, Corriere della Sera e da própria Cahiers assinam títulos sobre Martin Scorsese, Federico Fellini e Orson Welles, por exemplo. Artigos – alguns deles escritos à época dos grandes lançamentos cinematográficos – e fotos das filmagens complementam os livros. Ao todo, 16 "mestres" compõem a série até o momento. Além dos três já citados, podem ser garimpados nas lojas do Brasil os fascículos de Charlie Chaplin, Akira Kurosawa, Pedro Al­­modóvar, Francis Ford Coppola, Alfred Hitch­­cock, Tim Burton, Steven Spielberg, Stanley Kubrick, Billy Wilder, David Lynch, Woody Allen, Clint East­­wood e Ingmar Bergman.

Por que comprar? Cada edição é uma espécie de introdução acessível à obra dos grandes diretores. Estão ali, informações sobre cada um dos filmes, além da reprodução de pôsteres e cenas de inúmeros clássicos. (JPP)

CD 1(I Can’t Get No) Stevie JacksonStevie Jackson. Independente. Preço médio: US$ 15. Rock. Importado.

O guitarrista Stevie Jackson sempre esteve à sombra de Stuart Murdoch, principal compositor e letrista do grupo Belle & Sebastian. Escreveu menos músicas e, no palco, é menos dramático e mais contido. Tudo isso se reflete em seu primeiro disco solo, (I Can’t Get No) Stevie Jackson – também um ótimo trocadilho. As doze músicas continuam na onda indie pop dos escoceses. Não dispondo das variações de humor e de climas intimistas, marca dos melhores discos do Belle & Sebastian, Stevie Jackson aposta nas letras, engraçadas e cheias de referências. "Press Send", por exemplo, é bem engraçada, e fala sobre se levar a sério demais. A melhor é a cinéfila "Kurosawa", que se inspira em Johnny Cash e acaba na suavidade de Jens Lekman. Participam do disco Kurt Dahle e John Collins, do The New Porno­­graphers; e Katrina Mitchell, do The Pastels.

Fato curioso: Jackson é mais um do Belle & Sebastian que escolheu criar um caminho paralelo, já que Isobel Campbell – uma das fundadoras da banda – só quer saber de cantar com Mark Lanegan (ex-Screaming Trees), e Stuart Murdoch há tempos está envolvido com seu projeto God Help the Girl. (CC)

WEBSite da Academia Brasileira de Letraswww.academia.org.br

A Academia Brasileira de Letras (ABL) tem funcionado como uma redoma de proteção para a memória da literatura nacional. Documentos textuais e iconográficos são preservados na sede da Avenida Presidente Wilson, no Rio de Janeiro. Nos últimos anos, um material muito rico está sendo guardado no formato digital e fica disponível para consulta no site da ABL. As conferências promovidas pela própria Academia estão registradas em vídeos. Há documentos, como o texto integral do acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e o vocabulário usado por Machado de Assis esmiuçado em listagens de verbos e substantivos mais frequentes na obra do maior escritor brasileiro.

Por que visitar? Se o leitor pular as introduções intermináveis, em que os conferencistas saúdam os ilustres membros da ABL, a leitura das conferências e da revista da casa oferece rico conteúdo sobre a cultura nacional. Fernando Hen­rique Cardoso ao falar sobre Joaquim Nabuco, por exemplo, resgata com propriedade uma figura fundamental na história da inteligência brasileira. (MS)

CD 2O Canto Livre de Leci BrandãoLeci Brandão. Universal Music. Preço médio: R$ 24,90. Samba.

Lançado neste ano, o CD O Canto Livre de Leci Brandão traz as primeiras gravações da cantora (hoje deputada estadual por São Paulo), feitas durante os cinco anos de contrato com a gravadora Phonogram / Polydor, entre 1976 e 1981. Faixas originais inéditas como "Deixa, Deixa" e "Assumindo" se juntam a sucessos como "Essa Tal Criatura", de 1980, bem como a raridades que mostram experimentos da cantora e compositora com outros gêneros e formatos musicais além dos pagodes que a popularizariam a partir de 1985 – quando integraria o catálogo da gravadora Copacabana.

Preste atenção nos timbres interessantes e em arranjos de primeira linha como os do samba-jazz "Questão de Gosto" e "Dobrando as Cobertas", e na força de letras como "Essa Tal Criatura" e o provocativo partido alto "Não Cala o Cantor". Outro destaque é a coragem de Leci ao tratar de temas como diversidade sexual – em músicas como "Ombro Amigo" e "Assumindo" – e desigualdade social – em "Deixa, Deixa" e "Ensopadinho". (RC)

CD 3Single CutsJudas Priest. Sony Music. Preço médio: R$ 24,90. Rock.

Contemporâneo e conterrâneo de megalodontes como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple, o Judas Priest é considerado uma banda pioneira do metal – por ter reduzido a importância do blues no seu repertório. Se tudo o que você conhece da obra do quinteto liderado pelo (hoje) carequinha Rob Halford se resume a "Breaking the Law" ou "Painkiller", uma boa maneira de ser apresentado(a) ao Judas é o álbum Single Cuts. A coletânea traz todos os singles lançados pelos selos UK CBS e Columbia – ou seja, um recorte do período mais inspirado do grupo britânico, entre 1977 e 1992. Nesses 25 anos é possível captar toda a versatilidade da banda, que alterna baladas, rock clássico e rudimentos do que viria a ser o thrash e o speed metal.

Preste atenção: Além das óbvias "Breaking the Law" e "Painkiller", repare em "Diamonds and Rust", memorável cover de Joan Baez que abre o disco; nas baladas "Before the Dawn" e "Evening Star"; na encorajadora "Take on the World" (fonte de inspiração de Ronnie James Dio); em "You’ve Got Another Thing Coming", "Turbo Lover", verdadeiras aulas de heavy metal. (LP)

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