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SiteJocelyn Allen – One Is Not Like the Otherwww.jocelynallen.co.uk

Projetos de fotografia inusitados parecem estar invadindo a internet e os fotógrafos, por sua vez, aproveitam a rede para divulgar seus trabalhos. Depois do casal nova-iorquino do blog From Me to You, a nova "sensação" da rede é a britânica Jocelyn Allen. A fotógrafa de 23 anos acaba de lançar o projeto One Is Not Like the Other, financiado pelo Festival de Fotografia Guernsey.

Para fazer as fotos, ela busca inspiração na sua família, em situações normais do cotidiano. Em todas as imagens, Jocelyn realiza uma cópia de seus avós, pais e sua irmã: veste as mesmas roupas, faz poses iguais e produz auto-retratos.

No site, a fotógrafa explica que seu trabalho tem a pretensão de falar sobre identidade observando pessoas que estão ao lado dela no dia a dia. Segundo Jocelyn, ao ver as fotos, também é possível desvendar alguns traços da personalidade de cada retratado.

Uma das obras "Being Re­becca" está exposta até o dia 12 de agosto na Host Gallery, em Londres e uma seleção de imagens do projeto pode ser vista pessoalmente por quem estiver em Dublin até o dia 31 de julho, na Mad Art Gallery.

Na página de Jocelyn estão disponíveis seis projetos anteriores, entre eles, I´d Rather Wear Fun than Be Naked, onde ela produziu roupas com bichos de pelúcia e fotografou diversas modelos com a produção, expondo seu pensamento sobre o fato de a indústria têxtil utilizar peles de animais verdadeiras em suas roupas. (IR)

LivroOs Verbos Auxiliares do CoraçãoPéter Esterházy. Tradução de Paulo Schiller. Cosac Naify, 72 págs., R$ 35.

Um dos grandes nomes da FLIP 2011, o escritor húngaro Péter Esterházy, conhecido aqui no Brasil apenas pelo livro Uma Mulher, promoveu no evento em Paraty o lançamento de Os Verbos Auxiliares do Coração, publicado originalmente em 1985. O livro gira em torno de um narrador que recebe a notícia da morte de sua mãe. Paradoxalmente, a súbita ausência de sua progenitora força-o a um movimento de regresso à família. Novamente vê-se às voltas com as relações familiares que já não tinha, o reencontro com o pai e os irmãos e, a partir daí, traça uma profunda reflexão sobre a dor da perda em família, usando um estilo que beira o experimentalismo literário.

Por que ler? Repare que Esterházy se utiliza de vários expedientes para, justamente, tratar da impossibilidade de falar sobre o luto. O abstracionismo do título é um exemplo: a língua húngara não tem verbos auxiliares, e aproximar essa classe gramatical inexistente no idioma do autor do coração – símbolo do centro das emoções humanas – forma contradições que servem ao propósito de tratar da incoerência de tentar amenizar a dor da morte para quem fica. Além disso, o escritor alia a seus textos trechos tirados de autores como Jean-Paul Sartre, Robert Musil, Anton Tchekhov, entre outros, que formam com o texto original um estranho e inexplicavelmente lógico diálogo. (YA)

DVDO LeopardoItália, 1963. Direção de Luchino Visconti. Versátil. Classificação indicativa: 12 anos. Preço médio: R$ 46,90. Romance histórico.

Um filme tão realista que deixa a alma enpoeirada com suas cenas de tempestade de areia siciliana. Além de proporcionar um contato com um complexo momento da história italiana, Il Gattopardo (título original) de Luchino Visconti, encanta espectadores há cinco décadas com um elenco de estrelas e seu baile final suntuoso. Agora, ganha versão restaurada em alta definição.

Burt Lancaster faz Don Fabrizio Salina, príncipe da Sicília saído do único romance de Giuseppe Tomasi di Lampedusa. Alain Delon é Tancredi, seu sobrinho impetuoso, que se casará com Angelica, vivida por Claudia Cardinale. Em meio à trama, pérolas da história do cinema, como uma frase que Delon endereça à câmera.

Por que assistir? A unificação italiana, conhecida como Ressurgimento, em 1860, é retratada com um rico cinismo por Visconti. Longe de representar a derrocada da aristocracia, a revolução liderada por Garibaldi aparece na lente do cineasta neorrealista como um rearranjo de poderes. A família aristocrata dos Salina e o sistema patriarcal continuam dando as cartas, com tiradas que se tornaram comuns em livros de citações, tais como: "É preciso que tudo mude para que tudo fique como está". (HC)

SiteHullabaloonwww.hullabaloon.com

Quer saber onde comprar casaco de inverno a preços acessíveis? Ou, talvez, uma sugestão de lugar para ir hoje à noite? No Hullabaloon, nova rede social que aposta no conceito peer-to-city (pessoas conectadas com cidades), é possível encontrar essas e outras respostas. A rede social promove a interação entre os usuários com as opções de lazer e serviços de uma cidade.

Com versões em inglês, espanhol e português, o Hullabaloon contém em sua base quase todas as localidades do mundo. Ao ingressar na rede social, é possível adicionar quantas cidades desejar em seu perfil e, assim, saber o que está acontecendo em cada uma. Vale dizer que os assuntos discutidos e o que é importante para cada cidade é administrado pelos próprios usuários.

Por que acessar? O Hul­­labaloon é uma proposta nova, que pode ser de grande valia para utilidade pública. O número de integrantes ainda não é muito alto, mas já há uma boa interação entre as cidades e seus "cidadãos". O site pode ajudar durante uma viagem, para se saber mais informações de entretenimento, pela opinião de quem mora ou já esteve lá. (MB)

CDPalaFriendly Fires. Lab 344. R$ 29,90. Eletrônica.

Um mês após seu lançamento no exterior, o selo brasileiro Lab 344 traz às prateleiras nacionais o segundo álbum do trio inglês Friendly Fires, Pala. Conhecido por hits como "Skeleton Boy", "Paris" e "Jump in the Pool" – certeiros nas pistas de dança dos principais redutos indies do planeta – o grupo continua apostando em uma sonoridade dançante, desta vez mais sofisticada, com influências que vão do synthpop dos anos 80 à eurodance.

Por que ouvir? Com produção de Paul Epworth (Primal Scream e Kate Nash), as canções de Pala capricham na percussão, a exemplo da faixa de abertura "Live Those Days Tonight" e das pulsantes "Pull Me Back to Earth" e "Chimes".

Os agudos do vocalista Ed Macfarlane continuam garantindo excelentes refrões melódicos em canções como "Blue Cassette" e "Hawaiian Air", essa última com camadas de sintetizadores que remetem ao rock shoegaze dos anos 90. Outros destaques ficam por conta do baixo marcado de "True Love" e da atmosfera retrô de "Hurting". (JG)

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