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DVD

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House of Cards – 1ª temporada (Estados Unidos, 2013). Direção de David Fincher. Com Kevin Spacey, Robin Wright e Kate Mara. Sony. Caixa com quatro discos. Classificação indicativa: 18 anos. Preço médio: R$ 99,90. Drama.

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Produzida pela Sony, a primeira série original do Netflix (serviço de streaming de vídeo em tempo real), House of Cards, está indicada ao Emmy (Oscar da televisão norte-americana), em todas as categorias principais: melhor drama, ator (Kevin Spacey), atriz (Robin Wright) e direção, para o cineasta David Fincher, de A Rede Social. Trata-se de adaptação do livro de Michael Dobbs, antes adaptado para uma minissérie produzida pela BBC, na Grã-Bretanha. Tem inspiração nas peças Macbeth e Ricardo III, de William Shakespeare. Com 13 episódios produzidos para sua primeira temporada, acompanha a vida do deputado Francis Underwood, mais conhecido como Frank, casado com Claire (Robin Wright), mulher que compartilha de sua ambição e de sua linha de pensamento.

Por que ver? House of Cards é fascinante para quem se interessa pelos bastidores da política e do jornalismo. (PC)

CD 1

Modern Vampires of The City

Vampire Weekend. Lab 344, R$ 34,90. Indie.

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É normal dizer que só conhecemos mesmo uma banda a partir de seu segundo álbum. O Vampire Weekend, de Nova York, que acaba de lançar o terceiro disco, demorou mais para atingir esta maturidade, mas a evolução é óbvia. A atmosfera adolescente continua lá, com a influência africana que dá o irreconhecível tom tribal ao grupo. No entanto, Modern Vampires of the City é exatamente como diz o título: moderno, urbano e vampiresco.

Preste atenção: Pela primeira vez, a banda consegue apresentar uma música verdadeiramente soturna: "Hudson" é desigual, tem um clima tenso e violinos fantasmagóricos. E ela vem logo depois do ponto alto de animação – "Ya Hey", brincadeira com o nome da famosa "Hey Ya", do Outkast, é um hino indie orquestrado que lembra os trabalhos anteriores da banda. "Step" é a música mais sensível e bem-acabada da sequência, além de possuir alguns dos versos mais profundos que o vocalista já escreveu: "Wisdom is a gift but you’d trade it for youth" (A sabedoria é um dom, mas você a trocaria pela juventude). Este medo de crescer também está presente na agitada "Diane Young", nome inspirado em uma loja nova-iorquina de produtos anti-idade.

Com este trabalho, a banda se consolida como um dos grandes nomes do indie e mostra o potencial que não havia descoberto até então. (VM)

Livro

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As Miniaturas

Andréa del Fuego. Companhia das Letras, 128 págs., R$ 25,70. Romance.

O maior mérito de As Miniaturas, de Andréa del Fuego, é a forma criativa e envolvente com que os personagens são apresentados ao leitor. A técnica de fazer a história se desenrolar primeiro e só depois desmascarar, aos poucos, os participantes da narrativa não é nenhuma novidade, mas ainda assim cai muito bem à obra da escritora paulista, conhecida anteriormente por seus contos eróticos.

No livro, que nada tem de picante, o cenário central é um prédio – o Edifício Mideoro Filho, em São Paulo – onde trabalha um oneiro (uma espécie de "indutor do sono") que acaba se interessando mais do que deveria pela vida de dois de seus clientes: uma taxista e seu filho.

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Entre os dramas principais do livro está o do próprio oneiro, que quebra todas as regras da empresa quando começa a querer saber da vida de seus "sonhantes". Há ainda a vida difícil da mãe que batalha duro para pagar as contas, e a do filho que começa a trabalhar.

Preste atenção: Ao longo da narrativa, tanto as sessões de sono, quanto as histórias e fluxos de pensamento dos personagens acabam se fundindo. Uma verdadeira mistura entre o imaginário e o real, o sonho e a verdade. (LH)

Dança

Entre

Guairinha (R. XV de Novembro, s/nº), (41) 3304-7900. Com a Cia. de Dança Mimulus. Hoje, às 19 horas. A partir de R$ 16.

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O grupo mineiro Mimulus, um dos mais conceituados do país, apresenta neste domingo o espetáculo Entre, no Guairinha. A obra lida com questões de identidade e de encontro, refletindo sobre o próprio ato de criação. Usa referências da dança de salão e da dança contemporânea: são dois mundos que aqui ganham harmonia.

A ideia de contatos, entre bailarinos, e entre materiais e estéticas, também é levantada. São nove artistas em cena, incluindo o diretor Jomar Mesquita, líder do grupo desde sua criação, há 20 anos.

O espetáculo anterior, Por um Fio, rendeu vários prêmios ao grupo.

Veja também: A academia de dança Petit Ballet apresenta seu tradicional espetáculo anual de gala hoje, às 17 horas, no Teatro Positivo. O destaque são bailarinos internacionais convidados: Daniil Simkim e Isabella Boylston, ambos do American Ballet Theatre. (HC)

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CD 2

The Bling Ring – Original Motion Picture Soundtrack

Vários artistas. Def Jam Records. Importado. Preço médio: US$ 9,99 (CD) e US$ 11,99 (iTunes). Trilha sonora.

Quem já assistiu a algum dos cinco filmes da cineasta nova-iorquina Sofia Coppola sabe do papel fundamental da trilha sonora em suas películas. Os discos que compilam as canções usadas para embalar seus longas-metragens são, aliás, obras-primas à parte, sem exceção.

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No caso de The Bling Ring: A Gangue de Hollywood, em cartaz nos cinemas, o efeito não é diferente. Supervisionada por Brian Reitzell, ex-baterista da banda punk Redd Kross e colaborador frequente dos filmes de Sofia, a trilha que acompanha as ações do grupo de adolescentes ladrões de closets de celebridades em Los Angeles tem tudo a ver não só com os personagens, mas com o enredo do longa e o contexto da história.

Preste atenção: Grande parte da trilha aposta nos gêneros hip-hop e rap – em especial, as vertentes que investem no tema ostentação. Nesse quesito, destacam-se as excelentes "212" (Azealia Banks), "Gucci Bag" (Reema Major), "Drop It Low" (Ester Dean ft. Chris Brown) e "Super Rich Kids" (Frank Ocean ft. Earl Sweatshirt). Há ainda espaço para o krautrock da cultuada banda alemã Can ("Halleluwah") e para o noise pop ensurdecedor do duo nova-iorquino Sleigh Bells ("Crown on the Ground"). Para ouvir no último volume. (JG)