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CD

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Magna Carta Holy Grail

Jay-Z. Universal Music. R$ 27,90. Rap/Hip-hop.

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O rapper Jay-Z não poupou esforços para promover seu mais recente disco, Magna Carta Holy Grail. O álbum, décimo segundo na carreira do cantor, conta com a participação de sua esposa, a diva pop Beyoncé Knowles, além de Justin Timberlake, Frank Ocean, Timbaland e outros. Não é à toa que atingiu o topo da parada na Billboard no dia de seu lançamento.

Jay-Z é produtor, empresário e como todo rapper, sofre de um complexo de grandiosidade. Para promover o álbum, ele colocou a capa do disco lado a lado com a Magna Carta original, na Catedral de Salisbury, na Inglaterra.

Por que ouvir? Magna Carta Holy Grail preenche todos os requisitos que um bom disco de hip-hop precisa ter: bateria contagiante, criatividade nos efeitos e letras confessionais. Repare na primeira música, "Holy Grail", quando ele e Justin Timberlake cantam "And we’re all just entertainers/ And we’re stupid and contagious", um dos trechos mais famosos de "Smells like Teen Spirit", do Nirvana. Em "Heaven", é a vez de o R.E.M. ser homenageado, com a letra do refrão do hit "Losing My Religion". (VM)

Livro 1

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A Mão Invisível

Adam Smith. Tradução de Paulo Geiger. Penguin/Companhia das Letras, 128 págs. R$ 14,90. Romance.

Texto mais importante dentro da obra máxima de Adam Smith (1723-1790), A Riqueza das Nações, o livro A Mão Invisível, lançado pelo selo Penguin da Companhia das Letras, e em versão de bolso, traz a investigação do autor sobre a natureza das trocas comerciais e financeiras, que propõe diretrizes para estimular o desenvolvimento das nações por meio do enriquecimento individual dos cidadãos. Smith é considerado o teórico do liberalismo econômico – que preconiza as liberdades de investimento e de comércio, bem como a não intervenção estatal na economia, como pilares principais do incremento da riqueza. As ideias do filósofo e economista escocês são tão prestigiadas que o seu rosto estampou uma série de cédulas de 20 libras, postas em circulação pelo Banco da Inglaterra em 2007.

Preste atenção: na teoria do autor sobre o funcionamento natural dos mercados. Para ele, uma "mão invisível" garantiria o equilíbrio das iniciativas econômicas e seus agentes na direção do próprio interesse, definido pelo economista com o termo self-interest. Mesmo sem partilhar das ideias de Smith, a leitura é válida e essencial para refletir sobre o trabalho e modelos econômicos. (IR)

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DVD/CD

VH1 Storytellers – Alicia Keys

Alicia Keys. Sony Music. R$ 48,90. R&B.

Se você é fã da voz, essa é a oportunidade de conhecer a alma. Alicia Keys faz nessa gravação, encomendada pelo canal norte-americano VH1, um compêndio de alguns de seus maiores hits, em que conversa tanto com a plateia que parece passar mais tempo abrindo o coração do que cantando. "E que vantagem Maria leva?", você poderia perguntar. Realmente, além de falar em inglês, é com aquela fala rápida e jovem típica das grandes cidades. Mas se isso não for problema, bem-vindo às revelações de Alicia, como a de que ela nunca se sentiu tão inteira como agora – tema de uma nova canção apresentada por ela, "Brand New Me".

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Entre as 11 faixas, estão ainda a emblemática "Empire State of Mind" (que fala sobre viver em Nova York); "No One", um dos sucessos mais antigos, e o mais recente "Girl on Fire".

Aproveite: para conhecer a música preferida de Alicia, "Not Even the King", que ela conta ser essa aquela que seu filho pede para ouvir toda noite. Ela entoa a faixa com uma melodia ao piano que simula uma canção de ninar. (HC)

Livro 2

Além Cinema

Neville D’Almeida. Nova Fronteira, 323 págs., R$ 45. Biografia.

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A trajetória do iconoclasta cineasta brasileiro contada a partir de seus filmes, entrevistas e ensaios assinados por nomes como Hélio Oiticica e Nelson Rodrigues.

Em uma edição bilíngue – patrocinada pelo projeto Oi Futuro – é possível conhecer a biografia extravagante do artista maldito e popular. Neville foi o diretor recordista de público por 32 anos no cinema brasileiro por A Dama do Lotação (1976).

O livro traz a filmografia completa e ilustrada com fotos de bastidores, histórias bizarras de sua relação com o elenco – em especial, com a diva Sonia Braga – e detalhes das filmagens.

Há também o registro de seu trabalho artístico, como instalações audiovisuais expostas nos anos 2000, entre elas, a mais recente, Tabamazônica. O trabalho volta às origens da série Cosmococa, feita em parceria com Hélio Oiticica, nos anos 1970, com uma sala de projeção montada dentro de uma taba indígena.

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Preste atenção: O livro apresenta documentos importantes, como os Certificados de Censura da época da ditadura militar no Brasil. Todos os filmes do diretor sofreram tesouradas, motivo de orgulho para Neville: "Sou o autor mais censurado da história do cinema brasileiro". (SM)

Internet

Pessoa

www.revistapessoa.com

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Pessoa é o nome de uma revista trimestral publicada em Portugal. Por aqui, o conteúdo pode ser acessado através do site. Homenagem ao grande poeta português, a revista reúne textos sobre Fernando Pessoa e, também, ensaios sobre outros grandes nomes da literatura em língua portuguesa, muitos deles brasileiros. Atualmente, estão em destaque no site um texto sobre a rivalidade entre Machado de Assis e Eça de Queiroz, comentada no livro de João Cezar de Castro Rocha, Machado de Assis: Por Uma Poética da Emulação, e outro sobre a mistura de métrica, melodia e oralidade na poesia de Manuel Bandeira, de autoria de Pedro Marques. Desde o início deste ano, Pessoa também está publicando textos inéditos de poetas e prosadores, com curadoria de Luiz Ruffato.

Por que ler? Espaço para a reflexão sobre a literatura em língua portuguesa, Pessoa traz boas análises sem cair no hermetismo. A seção de inéditos é uma amostra interessante do que está sendo produzido por novos escritores dos dois lados do Atlântico. (MS)