Paris - Em 1913, de posse de um manuscrito do primeiro volume de Em Busca do Tempo Perdido, uma editora recém-criada na França teve a chance de ser a primeira a lançar o livro de Marcel Proust. Mas recusou.
Esse mesmo grupo editorial, a Éditions Gallimard, chega agora a seu centenário como o mais prestigiado no mercado literário francês.
Pode soar paradoxal, mas o fato é que a editora parece ter aprendido a lição após o episódio proustiano e, desde então, publicou tantos autores de primeira grandeza que o simples fato de uma obra ser aceita pela Gallimard costuma ser visto entre os franceses como um atestado de qualidade.
A trajetória do grupo é revisitada a partir deste mês com uma programação especial na França. Haverá ainda o lançamento de Gallimard, un Éditeur à lOeuvre, de Alban Cerisier, que conta a história da casa.
Livros de correspondências entre editores e escritores, reedições, um documentário e uma grande exposição na Bibliothèque François Mitterrand, em Paris, também estão no programa, que se estende ao longo do ano.
A Gallimard é hoje a terceira maior editora francesa. Seu centenário acontece exatamente naquele que pode ser o ano da solidificação do mercado literário digital, que faz medo a nove em cada dez editoras de livros em formato tradicional.
Segundo a Gallimard, entretanto, essa não é uma ameaça. "Ao contrário, é uma possibilidade suplementar de editar livros. Já temos um catálogo digital, vamos continuar editando digitalmente.
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