A cantora Jennifer Lopez não teria feito um show restrito no fim de semana no Turcomenistão se soubesse das violações aos direitos humanos nesse país, disse seu agente na segunda-feira.
Ativistas que acusam o governo turcomeno de reprimir a liberdade de expressão e aprisionar oposicionistas criticaram a artista, de 43 anos, por se apresentar no sábado para uma plateia que incluiu o presidente Kurbanguly Berdymukhamedov, a quem ela cantou "Parabéns para Você".
O show foi organizado por executivos da empresa petrolífera chinesa CNPC.
"O evento foi avaliado por representantes dela, se houvesse conhecimento de qualquer tipo de questões de direitos humanos Jennifer não teria comparecido", disse o agente dela, Mark Young, em nota. "Não foi um evento patrocinado pelo governo ou de natureza política", acrescentou.
Rachel Denber, subdiretora da entidade Human Rights Watch para a Europa e Ásia Central, elogiou Lopez por se explicar, mas disse que teria sido fácil avaliar a situação no Turcomenistão. "Bastam alguns cliques no Google para examinar o histórico de direitos humanos dele. É difícil saber por que (artistas) gravitam na direção desses líderes desagradáveis. Vale observar que esses líderes querem a notoriedade pública e prestígio que essas celebridades oferecem".
Berdymukhamedov se tornou presidente do Turcomenistão em 2006, depois da morte de Saparmurat Niyazov, que governou a ex-república soviética com mão de ferro a partir da sua independência, em 1991.
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