Antes de morrer, David Bowie lutou reservadamente por 18 meses contra um câncer no fígado, segundo contou à rádio holandesa NPO Radio 4 Ivo van Hove, diretor belga de teatro responsável pelo musical “Lazarus”, que contou com a colaboração do artista e foi encenado em Nova York no começo de dezembro.
A morte do cantor foi anunciada na madrugada desta segunda-feira (11) pela família em mensagens nas redes sociais. Nenhum detalhe sobre a causa foi divulgado oficialmente, tampouco informações sobre o velório.
“Ele me contou há mais de um ano e três meses que tinha câncer no fígado, pouco depois de ter sido informado pelos médicos”, afirmou o diretor. “Por conta disso, ele disse que não poderia estar sempre disponível para ajudar no espetáculo.”
Tabloides londrinos e nova-iorquinos especulavam nesta segunda que Bowie tinha um câncer de pulmão, que teria se espalhado para o fígado.
Segundo o inglês “Daily Mail”, seu produtor Tony Visconti teria dito que o artista sabia havia um ano que seu tipo de câncer era incurável. Para ele, o disco “Blackstar”, lançado na última sexta-feira (8) e gravado após o diagnóstico, seria um “presente de despedida”.
A biógrafa Wendy Leigh contou à “BBC News” que fontes próximas ao cantor confirmaram que Bowie teve seis ataques cardíacos nos últimos anos.
“Ele estava muito perto do limite, mas eu acredito que David dirigiu sua vida e sua morte”, afirmou.
Bowie se manteve distante dos holofotes depois de sofrer um ataque cardíaco em pleno palco, na Alemanha, em 2004. Até 2013, não lançou nada novo e sua reclusão era cercada por rumores sobre o estado de saúde.
A última apresentação ao vivo do músico foi em 2006, em um evento beneficente em Nova York.
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