O cantor de R&B Chris Brown, que se confessou culpado de ter espancado sua ex-namorada Rihanna, disse não se recordar de ter batido nela e que ainda a ama.
Brown, famoso ainda adolescente com sucessos como "Kiss, Kiss", foi sentenciado na semana passada a cinco anos de liberdade condicional e à prestação de alguns serviços comunitários por ter agredido Rihanna em fevereiro, na véspera da entrega do Grammy.
A agressão deixou Rihanna, cantora de sucessos como "Umbrella", contundida e ensanguentada. Desde então Brown pediu desculpas publicamente, mas não deu entrevistas. Após a leitura de sua sentença, ele conversou com o entrevistador Larry King e com a revista People. Ambos divulgaram trechos das entrevistas na segunda-feira.
King, cuja entrevista irá ao ar na noite de quarta-feira no programa "Larry King Live", da CNN, perguntou ao cantor se ele se recorda do acontecimento, e Brown disse que não.
"Quando olho para o que aconteceu, fico em choque, primeiro porque isso não é quem eu sou como pessoa e segundo porque não é quem eu prometo que quero ser", disse Brown em vídeo postado no site da CNN.
Ele disse à People, na edição que chegará às bancas na sexta, que ainda ama Rihanna. "Nunca deixei de ser apaixonado por ela".
Com 20 anos, Brown disse que estava angustiado na noite do acontecimento e "desabou" depois de contar a sua mãe, ela própria vítima de um relacionamento marcado por abusos.
Sua mãe, Joyce Hawkins, disse à People que a confissão de Brown foi "o momento mais doloroso de minha vida" e, sentada ao lado de seu filho no programa de Larry King, falou que está "totalmente chocada".
"Sei que Chris nunca foi uma pessoa violenta", disse ela. Mas uma matéria que acompanha o vídeo da CNN cita um relatório de condicional de Brown segundo o qual ele e Rihanna tiveram dois outros incidentes de abusos: uma discussão verbal na qual Rihanna lhe deu um tapa e ele a empurrou, e um segundo no qual ele quebrou o para-brisa de um carro alugado no qual a cantora estava com ele.
O artigo da CNN também cita um relatório policial que descreve a agressão de fevereiro, dizendo que Brown quase asfixiou Rihanna, cujo nome completo é Robyn Rihanna Fenty, até ela começar a desmaiar. Ele ameaçou matá-la e mordeu sua orelha e seus dedos.
Os dois teriam começado a discutir quando Rihanna encontrou no celular de Brown uma mensagem de texto de uma mulher com quem ele tivera um relacionamento anterior.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura