A presidente Dilma Rousseff está em Nova York, onde participou de reuniões importantes com chefes de Estado e fez o discurso de abertura da 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Durante os últimos cinco dias, além de demonstrar preocupação com um discurso de gênero (nas suas próprias palavras: "pela primeira vez na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o debate geral") e o papel do Brasil no mundo, separou e vestiu roupas que chamaram a atenção do público. Diante disso, O Globo pediu opiniões sobre o estilo da presidente a três famosas entendidas do mundo da moda.

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Lilian Pacce, jornalista de moda e apresentadora do GNT Fashion

"Ainda falta qualidade no corte e caimento das roupas da nossa presidente. Durante a visita à ONU, suas roupas pareciam sempre estar um pouco largas. Talvez o intuito fosse esconder as medidas acima do peso, mas o resultado acabou com a elegância até do super curinga tailleur preto. O vermelho não podia faltar, mas o corte evasê com manga 7/8 e golinha redonda lhe deram ares de personagem de história infantil. Já o uso da renda mostra sintonia com a moda hoje. No modelo azul, mais uma vez sobrou pano. Mas no terninho vichy preto e branco, os detalhes de renda funcionaram bem, inclusive com o colar e brinco de pérola. Foi seu melhor momento".

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Glória Kalil, consultora de moda

"A presidente Dilma se veste de uma forma padrão, e como as demais chefes de Estado opta por uma espécie de uniforme do poder. Todas elas se vestem de forma extremamente sóbria, talvez até por medo de parecerem fúteis. Daí, carregam na sobriedade e nesse figurino do poder. De certa forma, ela atualiza a roupa com o detalhe de um brinco ou de um colar, mas dentro desse padrão estabelecido como o correto para essas ocasiões. Afinal, ela não está num desfile de moda, mas num desfile muito mais perigoso. E a sobriedade é uma forma de tirar os holofotes de cima desse item (a roupa). Ela está sempre mais ou menos, com aquele jeitão dela. Mas o recado é claro: se preocupem com o que eu digo, e não com o que eu visto".

Bianca Zaramella, editora de moda IstoÉ Gente, escalada para ser a assessora pessoal do estilo da presidente na época da campanha

"A preocupação é não sair do que ela acredita ser o seu estilo. Dilma gosta exatamente do que foi visto durante a campanha: terninhos, jaquetas e camisas. Ela é básica, clássica e tem conhecimento das cores que lhe caem bem (...) As peças estruturadas são ideais para ela pois alongam a silhueta. Peças sem estrutura e de volumes como babados não a favorecem. Dilma não usa nada com que não se identifique, ela é autêntica, ainda que prefira as peças feitas por sua estilista de Porto Alegre ou de qualquer outro que siga formas limpas e tradicionais".