Michael Jackson disse à filha Paris: "se eu morrer amanhã, lembre-se sempre do que eu disse a você", relatou a menina de 13 anos nesta quarta-feira (14) ao citar a forma como a estrela do pop a motivava a seguir seu talento para a interpretação.
Na primeira entrevista pessoal que dá à imprensa, Paris Jackson, que está trabalhando na estreia cinematográfica, disse que queria atuar desde pequena e revelou que a princípio pensava que era "estúpido" que seu pai a obrigasse a usar máscaras em público.
"Meu pai estava no filme 'Moonwalker' (1988) e eu sabia que ele cantava muito bem, mas não sabia que podia atuar, eu o vi e disse: nossa, quero ser como ele", contou Paris Jackson à humorista Ellen DeGeneres, em trechos divulgados antes de o programa ir ao ar.
"Fazíamos improvisações, ele nos apresentava algumas situações e dizia: 'nessa cena, você tem que chorar', e eu chorava imediatamente", contou a filha do rei do pop, morto em 25 de junho de 2009 em Los Angeles.
Paris lembrou que ela e seus irmãos Prince Michael (14 anos) e Blanket (9) tinham que usar máscaras quando eram menores, para proteger sua identidade.
"Eu dizia: 'isso é estúpido, por que tenho que usar uma máscara?'", disse, mas completou: "quando cresci, me dei conta de que ele só queria nos proteger".
"Ele me disse: 'se eu morrer amanhã, lembre-se sempre do que eu disse'. E eu segui seu conselho e lembrei de tudo", completou.
Paris, que tinha 11 anos quando o pai morreu por overdose de remédios, protagonizará "Lundons Bridge and the Three Keys", um filme que mistura personagens reais e animados, baseado em um livro para adolescentes com o mesmo título.
O público ainda lembra de quando as câmeras filmaram pela primeira vez o rosto de Paris e de seus irmãos, no funeral de Michael Jackson. A menina tomou o microfone e, com as palavras embargadas pelo choro, disse: "foi o melhor pai que vocês podem imaginar".
O médico pessoal do autor de "Thriller", Conrad Murray, foi condenado no mês passado a quatro anos de prisão após ter sido considerado culpado pelo homicídio culposo do cantor, por ter administrado o anestésico que causou sua morte.