Os advogados de Jay Z disseram em um julgamento sobre direitos autorais em uma corte, na terça-feira (13), que o rapper havia adquirido corretamente os direitos de uso de uma melodia de um músico egípcio, a qual deu origem a seu sucesso “Big Pimpin”, de 1999.
Jay Z, cujo nome real é Shawn Carter, e o produtor de hip hop Timothy “Timbaland” Mosley estão entre os réus citados em uma queixa apresentada em 2007 pelo sobrinho do compositor egípcio Baligh Hamdy, já falecido, que alegou que o rapper tinha usado a composição de seu tio sem permissão.
Vestindo um terno azul-marinho e gravata, Jay Z se sentou entre seus advogados na Corte Distrital dos EUA em Los Angeles e acompanhou silenciosamente os trabalhos à tarde. Ele disse à Reuters que não tinha comentários a fazer sobre o caso. O cantor deve depor nesta quarta-feira.
O advogado de Jay Z, Andrew Bart, argumentou que as letras explícitas de “Big Pimpin” não deveriam ser discutidas em relação com o processo, já que a qualificação da letra como “vulgar” e “repugnante” poderia predispor o júri contra Jay Z. A juíza distrital Christina Snyder decidiu em seu favor, dizendo que examinar as letras de Jay Z seria irrelevante neste caso.
O advogado Peter Ross, que representa o sobrinho de Hamdy, Osama Ahmed Fahmy, disse ao júri de oito membros que Jay Z e seus produtores tinham propositadamente evitado pedir permissão para usar a melodia de Hamdy porque eles sabiam que não seria concedida por causa da letra picante.
A ação segue outro caso de grande repercussão de direitos autorais de músicas. Em março, os herdeiros do cantor de soul Marvin Gaye venceram uma ação na Justiça contra Robin Thicke e Pharrell Williams e ganharam 7,4 milhões de dólares por plágio de Gaye em seu hit “Blurred Lines”.
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