Um juiz de Los Angeles aprovou nesta segunda-feira (10) vários negócios envolvendo o espólio de Michael Jackson, inclusive um filme que usará gravações de um ensaio poucos dias antes da sua morte, em 25 de junho.
Os advogados que representam os executores do testamento e a mãe do cantor foram à Corte Superior de Los Angeles para analisar vários acordos feitos desde a repentina morte do "Rei do Pop".
O juiz Mitchell Beckloff disse ter autorizado um acordo de 60 milhões de dólares com a Columbia Pictures para usar o vídeo do ensaio para a temporada do show "This Is It", que deveria acontecer a partir de julho em Londres.
Beckloff também aprovou o relançamento da autobiografia "Moonwalk", planejada para outubro.
Os advogados passaram grande parte da manhã discutindo acordos de merchandising ainda em planejamento, e também uma exposição itinerante de objetos pertencentes a Jackson, que a empresa promotora de shows AEG Live pretende montar.
O juiz cogitou adiar a decisão e constituir advogados para os três filhos de Jackson. Mas advogados da AEG Live, que haviam gasto 30 milhões de dólares preparando os shows em Londres, argumentaram que a empresa precisava aproveitar o atual interesse em torno do cantor para tentar recuperar parte do investimento.
"Quanto mais esperamos, mais o tempo passa. Francamente, haverá cada vez menos interesse por parte do público para ver a exposição", disse Kathy Jorrie, advogada da AEG Live.
Separadamente, Jorrie disse ao juiz que os advogados de Katherine Jackson, mãe do cantor, solicitaram a entrega do vídeo do ensaio ao espólio, algo que a AEG não está disposta a ceder.
Também na segunda-feira, a imprensa informou que o corpo de Jackson foi enterrado no cemitério Forest Lawn, em Los Angeles. Não foi possível confirmar essa informação, após semanas de especulações a respeito do sepultamento reservado.
Nem o cemitério nem a família se manifestaram, e um advogado da família Jackson disse na segunda-feira à Reuters, em frente ao tribunal, que nada sabia sobre o enterro.