O ator Michael Douglas afirmou pela primeira vez que seu câncer de garganta, diagnosticado há três anos, foi provocado pelo sexo oral, declarou em entrevista publicada nesta segunda-feira (3) no jornal "The Guardian".
Por ocasião do recente Festival de Cannes, Douglas falou ao veículo britânico sobre o tratamento médico a que foi submetido e negou que a doença fosse consequência de excesso no consumo de álcool ou por ter fumado demais.
"Não, sem ser muito específico, esse câncer em particular é causado pelo HPV (Papilomavírus humano), que procede na realidade da cunilíngua (sexo oral em mulheres)", disse o ator, que acaba de promover na França o filme "Behind the Candelabra", sobre a vida do famoso pianista Liberace.
"Mas, sim, é uma doença sexualmente transmissível que provoca câncer", afirmou Douglas, que também reconheceu que estava preocupado que o estresse pudesse ter contribuído para o desenvolvimento da doença.
Ao ser perguntado como se sente atualmente, o ator, de 68 anos, ressaltou que está bem, embora precise se submeter a exames "a cada seis meses".
"Neste tipo de câncer em 95% dos casos, (a doença) não volta", acrescentou.
Segundo o ator, ele se submeteu a dois meses de quimioterapia e radioterapia, processo que o fez perder mais de dez quilos e o deixou "muito frágil".
Em agosto de 2010, o ator participou do programa de David Letterman para confirmar que estava com câncer de garganta e que a doença estava na fase quatro, sendo que a 5 levaria à morte, lembra "The Guardian".
No recente Festival Internacional de Cinema de Cannes, Douglas promoveu o filme sobre o pianista americano Liberace, que interpreta ao lado de Matt Damon, que vive Scott Thorson, o amante do famoso músico.