O maestro e compositor de músicas clássicas francês Pierre Boulez, 90 anos, morreu em Baden-Baden, Alemanha, onde morava, anunciou sua família em um comunicado nesta quarta-feira (6).
“Para todos os que o trataram e puderam apreciar sua energia criativa, sua exigência artística, sua disponibilidade e sua generosidade, sua presença continuará sendo viva e intensa”, afirmou um comunicado da família difundido pela Filarmônica de Paris, fundada por ele.
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Boulez, que morreu na noite de terça-feira (5), é considerado desde os anos 1950 uma das grandes figuras da música do século 20.
Teórico e pedagogo, sempre quis que a nova música estivesse representada nos programas das salas de concerto e impulsionou a criação musical mais de ponta.
Foi diretor da orquestra de Cleveland (1967-1972), da sinfônica da BBC (1971-1975) e da filarmônica de Nova York (1971-1977).
Na ópera, participou de produções memoráveis como “O Anel do Nibelungo”, no festival alemão de Bayreuth (1976-1980), por ocasião do centenário de Richard Wagner, e na primeira versão na íntegra de “Lulu”, de Alban Berg, na ópera Garnier de Paris (1979).
Exasperado pelo conservadorismo do mundo musical francês, mudou para Baden-Baden no início dos anos 1960.
Não voltou à França até 1974, quando o então presidente Georges Pompidou pediu que criasse o Ircam, um instituto de pesquisa musical, e a Ensemble Intercontemporain, uma orquestra especializada em música do século XX.
Boulez também impulsionou a criação da Cidade da Música de Paris, inaugurada em 1995, e da Filarmônica de Paris, uma sala aberta em janeiro de 2015 sem sua presença porque já estava doente.
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