"William Zantzinger matou a pobre Hattie Carroll/ Com uma bengala que ele girava em seu dedo que tinha um anel de diamante". Essa é a primeira frase de "The lonesome death of Heattie Carroll", música gravada por Bob Dylan em 1963 e lançada no disco "The times they are a-changin", de 1964.
A música é baseada em fatos reais, e William Zantzinger morreu no último sábado (3), aos 69 anos, segundo obituário do site de notícias Baynet.com, do estado de Maryland.
A história contada por Bob Dylan, então no auge de sua fase de "cantor de protesto", é considerada diferente dos acontecimentos que levaram Carroll à morte e Zantzinger à prisão.
Bengala de brinquedo
No dia 9 de fevereiro de 1963, Zantzinger agrediu Carroll com uma bengala de brinquedo (que custou US$ 0,25), no Emerson Hotel, em Baltimore, Maryland. Carroll trabalhava como garçonete em uma festa no hotel, e Zantzinger havia se irritado com a demora em ser atendido.
Os relatos apurados pela polícia na época dizem que Zantzinger bateu nela com a bengala e a ofendeu com palavrões. Sofrendo de pressão alta, Carroll teve um AVC logo após o acontecimento, e acabou morrendo de hemorragia cerebral. Como não foi encontrada nenhuma marca da agressão de Zantzinger no corpo de Carroll, ele foi acusado de homicídio involuntário, e condenado a uma multa de U$ 25 mil e a seis meses de prisão.
A canção foi usada por Dylan para mostrar as diferenças raciais num país onde ainda havia segregação entre negros e brancos. Já Zantzinger, que veio a sofrer outro processo na década de 90 ao cobrar aluguel de famílias pobres que residiam em casas das quais não era proprietário, falou pouco sobre o caso. Na biografia de "Dylan", de Howard Sounes, Zantzinger chamava Dylan de um "grande filho de uma cadela" e ainda dizia que deveria ter processado o cantor na época.
Com “puxadinhos” no Orçamento, governo Lula legaliza fracasso do arcabouço fiscal
Alexandre de Moraes procurou presidente do Banco Central para pedir pelo Banco Master
Campanha da Havaianas com Fernanda Torres leva chinelada de políticos e consumidores de direita
Próximo alvo? As semelhanças e diferenças nas ofensivas de Trump contra Maduro e Petro