O artista e ativista chinês Ai Weiwei encontrou sua mulher pela primeira vez desde que foi encarcerado, seis semanas atrás, e, na presença de policiais, disse a ela que não foi torturado, revelou a mãe de Ai na segunda-feira.
O encontro rápido na tarde de domingo entre Ai Weiwei e sua mulher, Lu Qing, seguiu-se a semanas de incerteza em relação ao que tinha sido feito do artista, depois de ele ter sido detido no aeroporto internacional de Pequim em 3 de abril, desencadeando protestos contra a repressão crescente exercida pela China contra dissidentes.
Lu foi contatada por policiais e levada para um "encontro rápido" com seu marido, disse à Reuters pelo telefone a mãe de Ai, Gao Ying.
"Os rumores que temos ouvido sobre ele ter sido torturado têm sido terríveis demais para assimilarmos, mas ver é acreditar", disse Gao, referindo-se ao encontro.
O Ministério do Exterior da China disse que Ai, de 53 anos, está sendo investigado por suspeita de crimes econômicos, mas a polícia chinesa não divulgou nenhuma notificação formal à sua família avisando-a de que o artista estava sendo detido por qualquer delito suspeito.
A família dele disse que a acusação feita a Ai é uma desculpa infundada que busca silenciar suas críticas ao governo. A polícia não informou sua mulher ou outros familiares onde Ai está detido.
Sua detenção sigilosa motivou críticas pesadas no Ocidente, e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, que representa os governos dos países da UE, estava previsto para mencionar a preocupação do bloco em Pequim nesta semana.
Lu não atendeu a várias ligações feitas a seu telefone celular.
"Ele parecia estar conflitado e contido, seu rosto estava tenso", disse Lu à Associated Press, observando que duas outras pessoas estiveram presentes ao encontro, uma das quais parecia estar "encarregada" de Ai.
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