Artistas do Paraná lamentaram a morte do cantor Michael Jackson, nesta quinta-feira (25), aos 50 anos de idade, em Los Angeles, Estados Unidos, após sofrer uma parada cardíaca. O músico iria começar em julho uma série de shows em Londres que marcaria seu retorno aos palcos.
Uma unanimidade entre os depoimentos é a de que o Jackson "foi um dos maiores nomes da música pop". Confira os depoimentos:
» Fábio Elias, vocalista e guitarrista do trio curitibano Relespública
Ficamos muito chocados. As músicas de Jackson sempre irão tocar nossos corações. Jackson deixou um grande legado com sua obra. A música negra sempre esteve presente em nosso trabalho, como a Soul Music e o R&B. Vários artistas da Motown e Stax nos influenciaram e influenciam até hoje. As músicas dele (Jackson) remetem a uma fase importante da nossa formação não só como artistas, mas como pessoas.
» Maurício Vogue, vocalista do Denorex 80
Michael Jackson era completamente da minha geração. Gostava dele desde criança. Virei bailarino por causa dele. Influenciou muito a minha carreira. Estava ensaiando quando soube da morte dele. Recebi 15 mensagens de amigos no meu celular avisando sobre a morte dele. Eu parei. Fiquei desolado. Parecia mentira. O cara ia fazer show agora em julho, e eu estava concorrendo a um ingresso em um concurso (de uma operadora de celular). Com o Denorex, fiz a coreografia de quatro músicas dele: Thriller, Beat It, Bad e Billie Jean. Amanhã, vamos abrir o nosso show em Curitiba com músicas dele (Programe-se para o show). O Denorex não seria o mesmo sem Michael Jackson. Era um ícone. É insubstituível. Já estou sentindo saudades. Para mim, recordar Jackson é recordar Thriller.
» Sérgio Justen de Oliveira, tecladista do Denorex 80
As pessoas se esquecem de dizer do primor técnico das gravações de Michael Jackson. Para mim, esse é o principal legado dele. O timbre da voz e a música são importantes, mas principalmente a qualidade técnica da gravação. Isso ele era imbatível. Foi uma influência na minha vida. Era o melhor dançarino. Ele era um gênio. Bandas como Beatles e The Who não tinham essa qualidade técnica de som.
» Rodrigo Barros (o Rodrigão), produtor musical
Teve um moonwalk (passo de dança criado por Jackson) na minha casa quando soube da morte dele. Depois de Thriller, nunca tive muito saco para as músicas. Eu vi o Jackson Five quando era pequeno em Brasília, ao vivo (em 74). O ginásio estava lotado. Foi muito doido. Para mim, Michael Jackson era um maluco clássico, um clássico malucão. Um malucão do pop. Era muito bom. Não influenciou minha juventude, mas era uma "figura". Quando criança eu via os desenhos animados dos Jackson Five. Lembro deles cantando ABC. O desenho passava na tevê como se fosse Simpsons. Claro, a morte dele é uma perda. É uma perda da memória afetiva. Perdemos um cara que é ícone da memória cultural. Ele é o final da era do disco. Não haverá mais discos. Tecnicamente era imbatível.
» Luli Frank, guitarrista da banda curitibana Copacabana Club e DJ do James Bar
A gente já nasceu com o Michael Jackson fazendo sucesso com o Jackson Five. Foi uma grande astro pop e, apesar de não ser tão fã dele, é algo muito ruim para a música. Neste sábdo (27), no James, cada DJ vai tocar um hit de Michael Jackson. Vamos escolher canções antigas e as mais novas.
» Luigi Poniwass, jornalista da Gazeta do Povo e vocalista da banda DeLorean
Aos 10 anos quando assisti ao vídeo clipe de "Thriller" fiquei de queixo caído. Michael Jackson viveu em um espiral de loucura com o sucesso desde criança. É indescritível a influência de sua música na cultura. Ele diluiu fronteiras. No show da minha banda, vamos fazer uma homenagem a ele.
# NA EDIÇÃO DESTE SÁBADO: Rodrigo Barros escreve sobre a morte de Michael Jackson no Caderno G.
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