Em uma entrevista ao jornal Prospect, o sir Paul McCartney disse que foi ele o responsável por persuadir John Lennon a se posicionar contra a guerra do Vietnã. Segundo matéria publicada no site britânico Telegraph, ele se diz responsável pela politização do grupo em meados dos anos 60, após encontro com o filósofo Bertrand Russell em Londres.
No entanto, críticos dizem que este comentário tem por objetivo revistar a história dos Beatles e colocar McCartney em uma posição melhor.
"Quando nós estávamos nos tornando conhecidos, alguém me disse: Bertrand Russell está morando não tão longe de Chelsea. Por que você não vai lá o encontrar? Então eu peguei um táxi, fui até lá e bati em sua porta", contou o ex-Beatle McCartney.
Ele disse ainda que "ele foi fabuloso". "Ele me contou sobre a guerra do Vietnã a maioria de nós ainda não sabia nada a respeito, pois ainda não estava sendo divulgado nos jornais. Era uma guerra muito grande", completou.
"Eu lembro que voltei para o estúdio nesta noite e falei a respeito com os caras, em especial o John [Lennon]. Falei sobre o encontro e sobre como a guerra estava", explicou McCartney.
Tariq Ali, que foi um dos líderes do movimento anti-guerra na Grã-Bretanha, retrucou a versão de Paul McCartney sobre os eventos. "Eu não lembro nada disso. É possível que McCartney tenha encontrado com Bertrand Russell, mas certamente eu não tive nenhum contato com o Beatle", disse Ali.
Paul McCartney disse ainda que ele disseminou este "megafone" político para estrelas mais jovens como Bob Geldof e Bono, vocalista do U2.
A matéria completa será publicada na revista Prospect de janeiro.
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