A maioria das pessoas sabe quem é a paquistanesa Malala Yousafzai, ganhadora do prêmio Nobel da Paz, que foi baleada pelo Taliban em 2012 por exigir o direito das meninas à educação, mas poucos ouviram falar da heroína afegã do século 19 na qual sua família se inspirou ao escolher seu nome.
Segundo a tradição pashtun, Malalai de Maiwand estimulou seus compatriotas a vitória contra as tropas britânicas em 1880, indo ao campo de batalha para unificar uma força afegã desmoralizada com um verso sobre o martírio. Ela mais tarde foi atacada e morta.
A lenda é contada em “He Named Me Malala” (Ele me deu o nome de Malala), um novo documentário sobre Malala Yousafzai, agora com 18 anos, cujo ataque quando estava em um ônibus escolar chocou o mundo.
“Você lhe deu o nome de uma menina que falou e foi morta. É quase como se você dissesse que com ela seria diferente”, disse o diretor Davis Guggenheim sobre o pai de Malala, Ziauddin, no filme. “Você está certo”, ele responde.
Filmado ao longo de 18 meses, o retrato íntimo mostra uma adolescente mais à vontade no palco mundial -falando, por exemplo, na sede da ONU em Nova York- ou abordando estudantes em campos de refugiados sírios, do que com os colegas de sala de aula na Grã-Bretanha, para onde foi levada para uma cirurgia após o atentado.
“Nesta nova escola, é difícil”, diz ela, admitindo a falta de experiências compartilhadas com as outras meninas. Embora se saiba muito sobre o trabalho de Malala, o documentário levanta o véu sobre a sua vida familiar no centro de Inglaterra, com muito humor da parte de seus dois irmãos.
“Ela é um pouco desobediente”, diz o irmão mais novo de Malala, que ela apresenta como “um bom menino”, em contraste com seu outro irmão, que ela chama de “o mais preguiçoso”.
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