A Polícia Civil do Rio ouviu na noite desta segunda-feira (8) dois representantes de uma empresa de manutenção de computadores que consertaram o laptop da atriz Carolina Dieckmann, 33, nos últimos meses. Os depoimentos foram anexados ao inquérito que investiga o vazamento na internet de imagens em que a artista aparece nua e em situações de intimidade.

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O teor das declarações dos funcionários não foi divulgado pela polícia. O vazamento das fotos aconteceu após a atriz tentar preparar um flagrante contra uma pessoa que a chantageava, pedindo R$ 10 mil reais para não divulgar as imagens.

Na segunda-feira, ela prestou depoimento sobre o caso no Rio. O advogado de Dieckmann Antônio Carlos Almeida Castro, o Kakay, disse à imprensa que, quando as imagens armazenadas no computador pessoal da atriz apareceram em sites na sexta, ela tentava marcar um encontro com o chantagista.

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"Desde o primeiro momento tentaram extorquir a Carolina, mas ela imediatamente reagiu e tomou providências por meio de pessoas da área de segurança que ela conhece. Ela foi orientada a responder os e-mails [com as ameaças] para tentar fazer um flagrante", disse Almeida Castro, ao deixar a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, ontem à tarde.

Segundo o advogado, até o vazamento, ela tinha preferido não registrar a tentativa de extorsão por temer que o assunto se tornasse público.

Responsável pelas investigações, o delegado Gilson Perdigão disse que foi aberto "registro de ocorrência de extorsão qualificada pelo concurso de agentes [quando há mais de um envolvido no crime], difamação e furto".

O laptop em que estavam as fotos foi encaminhado para perícia, e o laudo deve ficar pronto em 15 dias.

No sábado, Almeida Castro afirmara que o computador da atriz havia sido enviado para o conserto pouco antes das tentativas de extorsão. Ontem, porém, ele não quis falar sobre isso nem dizer para onde o equipamento fora levado, argumentando que as informações poderiam atrapalhar as investigações.

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O advogado disse que, nas duas últimas semanas, a atriz recebeu três ligações e ao menos cinco e-mails do chantagista. O criminoso também teria procurado seu empresário por telefone e internet.

"Esses crimes deixam rastros e vamos chegar até o criminoso. É importante que esse caso surja para que se discuta a legislação de crimes na internet", disse o advogado.

Ontem sites dos EUA e da Inglaterra que hospedaram inicialmente as fotos retiraram o conteúdo do ar, após pedido do advogado da atriz. Sites como Google e Yahoo foram notificados para que retirem as imagens de seus mecanismos de busca.

A atriz passou mais de sete horas na delegacia. Ela chegou por volta das 9h e depôs por duas horas, mas permaneceu na delegacia até às 16h30 com o marido, o diretor de TV Tiago Worcman, enquanto seu secretário e seu empresário eram ouvidos.

Um técnico de informática de confiança da atriz também esteve no local, para ajudar na investigação.

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