Spitzer pediu desculpas publicamente por defender “cura” para homossexuais – a única coisa de que se arrependia em sua carreira.| Foto: Reprodução/YouTube

O psiquiatra norte-americano Robert Spitzer, que ajudou a estabelecer novos padrões para doenças mentais e tirou a homossexualidade da lista de transtornos, morreu aos 83 anos.

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Spitzer faleceu no último 25 de dezembro na cidade de Seattle vítima de complicações no coração, afirmou ao jornal “The New York Times” a esposa dele, Janet Williams, na terça-feira (29). Ele também sofria com o mal de Parkinson.

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Nos anos 1970, Spitzer teve um papel de liderança na revisão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, na sigla em inglês), principal guia de diagnósticos da área.

Suas contribuições para várias edições do DSM são vistas como revolucionárias, ajudando a redefinir muitos dos comportamentos classificados como transtornos, utilizando padrões rigorosos – em vez de se basear nas classificações relativas à análise freudiana.

A homossexualidade, que até a década de 1970 era listada como um transtorno mental no DSM, foi um dos focos de pesquisa de Spitzer.

O médico trabalhou ativamente pela mudança após reuniões com ativistas dos direitos gays, concluindo que, se gays e lésbicas estão confortáveis com sua sexualidade, isso não poderia ser um transtorno.

Mas Spitzer gerou polêmica em 2001, quando publicou um estudo que descrevia uma terapia “reparativa” para alterar o comportamento homossexual. Ativistas gays protestaram, e ele pediu desculpas publicamente em 2012, dizendo que era a única coisa em sua carreira de que se arrependia.

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O psiquiatra deixa a esposa e cinco filhos.