O cantor Tony Bennett se desculpou nesta quarta-feira por dizer em um programa de rádio que os Estados Unidos provocaram o ataque contra as Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001.
Bennet quis deixar claro que para ele o terrorismo não se justifica. "Simplesmente não há nenhuma desculpa para o terrorismo e o assassinato de quase três mil vidas inocentes", esclareceu o cantor de 85 anos.
"Lamento se minhas declarações sugeriram alguma coisa além da minha expressão de amor por meu país, minha esperança na humanidade e meu desejo de paz no mundo", afirmou Bennett em comunicado no seu perfil do Facebook.
O intérprete nova-iorquino ressaltou que suas experiências de vida, desde participar da Batalha das Ardenas no final da Segunda Guerra Mundial a marchar ao lado do líder dos direitos civis Martin Luther King nos anos 1960, fizeram dele um humanista e um pacifista.
"Reforçaram minha crença que a violência gera violência e que a guerra é a forma mais baixa do comportamento humano", ressaltou.
Suas desculpas tentam justificar seu comentário no programa do popular apresentador Howard Stern que dizia: "Eles (a Al-Qaeda) pilotaram os aviões, mas nós provocamos isso. Nós os bombardeávamos e eles nos pediram que parássemos".
Além disso, Bennet questionou "Quem são os terroristas? Somos nós ou são eles?", depois de dizer na entrevista que as guerras do Iraque e do Afeganistão são um grande erro.
Quando perguntado sobre como lidar com o terrorismo, Tony Bennet, que vendeu durante sua carreira mais de 50 milhões de discos, também falou sobre seu encontro em 2005 com o então presidente americano, George W. Bush, que disse que havia cometido um erro em dividir o país com uma guerra.
Aos 85 anos e com 15 prêmios Grammy, o cantor divulga o álbum "Tony Bennett: Duets II", cinco anos depois de lançar seu primeiro disco de duetos.
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