Joe, Katherine e Latoya Jackson, durante julgamento do médico Conrad Murray, em 2011| Foto: REUTERS/David McNew

Quase quatro anos depois de sua morte chocante, a vida bizarra e a lamentável morte de Michael Jackson vai estar novamente exposta no julgamento civil de 40 bilhões de dólares, que coloca em lados opostos a família do cantor e os organizadores de seu retorno musical que nunca aconteceu.

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As declarações iniciais do julgamento, que se espera ser emocional e durar três meses, estão marcadas para segunda-feira. O objetivo da ação é apurar a responsabilidade da empresa AEG Live, promotora da série de concertos que seria realizada em Londres em 2009, pela morte do cantor de "Thriller".

A ação, aberta pela mãe de Michael, Katherine Jackson, em nome dos três filhos do cantor, alega que a empresa de capital fechado AEG Live foi negligente ao contratar o médico, condenado em 2011 por homicídio culposo involuntário, para cuidar do cantor, enquanto ele ensaiava para a série de 50 shows.

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Jackson, 50, afogado em dívidas e procurando reconstruir uma reputação danificada por seu julgamento e absolvição em 2005 por abuso sexual infantil, morreu em Los Angeles de uma overdose do poderoso anestésico cirúrgico propofol e um coquetel de outros sedativos em junho de 2009.

Seu médico pessoal, o doutor Conrad Murray, está cumprindo pena de quatro anos de prisão, depois de ter sido condenado por negligência criminosa por administrar propofol a Jackson como sonífero.

O julgamento de seis semanas de Murray em 2011 retratou a ex-estrela infantil, conhecido por seus impressionantes movimentos de dança e espetaculares performances públicas, como um homem drogado fora do palco, que dormia com uma boneca de brinquedo em sua cama, e cuja turnê de retorno foi assolada por problemas.

O julgamento civil em Los Angeles deverá ser também sensacionalista, apesar de ter sido recusado o pedido das redes de TV para cobertura ao vivo.

AEG Live afirma que não contratou ou supervisionou Murray e que Jackson tinha problemas com drogas prescritas anos antes de fechar qualquer acordo para os concertos em Londres "This is It".

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Os promotores dos concertos também argumentam que não poderiam ter previsto que Murray se tornaria um perigo para Jackson.