Gisele vai usar "sarja skinny" da Colcci na Fashion Rio

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Mais jeans, mais fashion e mais mercado externo. Essas são as novidades da estilista Jessica Lengyel para a Colcci, após assumir no final do ano passado a direção criativa da grife, destaque do Fashion Rio por trazer ao país há cinco temporadas seguidas a top Gisele Bundchen.

Responsável pela direção de estilo, Jessica quer levar para a nova casa sua experiência com o jeans adquirida em 14 anos de trabalho na grife Carmim, com mais variedade de lavagens e modelagens, além de uma linha "mais fashion", ou seja, focada em peças mais trabalhadas e de tecidos nobres.

"Hoje em dia as peças da Colcci são mais casuais. Queremos agregar um pouco mais de produtos fashion, com tecidos mais caros, como a seda, por exemplo", disse Jessica, por telefone.

A modelagem mais frequente das calças femininas continuará sendo o "skinny", aquele bem justinho ao corpo, desde a cintura baixa até o tornozelo. Desta vez, no entanto, Jessica quer levar o formato também para as sarjas coloridas, feitas em cores primárias.

Será uma dessas calças em "sarja skinny" que Gisele vestirá em uma de suas três entradas na passarela, de acordo com a estilista. Cada look de Gisele terá uma só cor --azul, vermelho e amarelo--, embora a equipe ainda não tenha definido as peças.

Jessica, 36 anos, começou sua carreira como assistente de Reinaldo Lourenço e Gloria Coelho. Ela também estudou 12 anos de moda em Londres e lembra de como era difícil levar moda brasileira para o exterior.

"Há dez anos, era tudo muito restrito: as pessoas levavam na mala seus produtos para vender lá fora. Hoje em dia está mais estruturado, as marcas fazem desfile lá fora, têm showroom. Quanto mais fizermos desfiles de moda brasileira lá fora, melhor para fortalecer o mercado", disse, acrescentando que a própria Colcci tem planos no futuro próximo de fazer desfiles nos Estados Unidos.

Jessica, que nasceu na Alemanha mas cresceu em São Paulo, já se mudou com seu marido e duas filhas para uma cidade a 40 minutos de Brusque, em Santa Catarina, sede da Colcci.

Ela substituiu a fundadora da grife, Lila Colzani, que deixou a Colcci no segundo semestre do ano passado para lançar grife própria em meados deste ano. Colzani já havia vendido a Colcci em 2000 para a AMC Têxtil, grupo que também possui a Sommer e a Carmelitas.

Atualmente, a Colcci tem 111 lojas espalhadas no Brasil, além de duas nos Emirados Árabes, três na Guatemala e uma em New Jersey (EUA). A grife também tem escritórios em Los Angeles e Barcelona.