Glória Pires celebra o retorno aos folhetins em "Belíssima"

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Cria do tradicional folhetim, Glória Pires é o tipo de atriz que não consegue ficar muito tempo longe de um. A estrela, nascida e criada entre os holofotes televisivos, deixou temporariamente de lado a rotina tranqüila de sua fazenda em Goiânia para mergulhar de cabeça na heroína da novela das oito "Belíssima", a empresária Júlia Assumpção.

- Confesso que estava com saudades de fazer um folhetim, uma heroína romântica mesmo. Encarar todo esse drama de novela é um desafio. Estava ressentida disso, pois nos meus últimos trabalhos isso não aconteceu: "Suave veneno" não rolou e "Desejos de mulher" foi uma novela capenga - explica a atriz.

Aliás, desde 2002, quando fez "Desejos de mulher", de Euclydes Marinho, a atriz que conquistou o ódio do telespectador como a malvada Maria de Fátima, de "Vale tudo" (novela de 1988, do autor Gilberto Braga), não sabe mais como é desgastante a adrenalina de ser protagonista de novela. Mas isso não é motivo para que alguma pontinha de desânimo recaia sobre ela.

- Claro que tem o cansaço de toda essa pauleira, de ficar sem horário e tudo que uma novela acarreta. Mas o texto é cheio de lógica própria, ele entra fácil. É orgânico. Sem contar que tinha muita vontade de trabalhar com o Sílvio de Abreu (o autor), ele já havia me chamado para essa novela. Tem também o elenco que é maravilhoso e...

Pausa. Depois de anos e anos na TV, dá para imaginar que Glória nunca havia contracenado em novelas com Tony Ramos? Nem com Cláudia Abreu ou Fernanda Montenegro?

- Sempre quiseram colocar eu e o Tony juntos, mas nunca conseguiam. Agora parece que não nos desgrudamos mais, pois vamos rodar "Se eu fosse você", longa de Daniel Filho. Todos com quem contraceno na novela são maravilhosos. Está sendo uma delícia, são cenas muito gostosas de fazer - diz ela, completando sobre a nova fase: - Tudo o que a gente busca é um desafio, ninguém quer fazer tudo o que sabe a vida toda.