Os três caras do Goo Goo Dolls são roqueiros sensíveis e românticos, como dá para perceber no maior sucesso deles, a balada "Iris", tema do filme Cidade dos Anjos (1998). Mesmo tendo começado quase como uma banda punk(!), John Rzeznik (guitarra e voz), Robby Takac (baixo e voz) e o baterista Mike Malinin que em 1994 substituiu o fundador George Tutuska usam guitarras distorcidas para cantar o amor e a solidão desde muito antes do surgimento da primeira banda emo. E com muito mais estilo também.
No nono álbum da carreira, Something for the Rest of Us, lançado no fim de agosto pela Warner, o trio de Buffalo (estado de Nova York) mostra que continua em forma tanto física quanto artisticamente depois de 25 anos de estrada. Os mais radicais talvez achem o disco muito "água com açúcar", mas o fato é que é um registro agradável de se ouvir. Tudo bem que nove das 12 faixas são baladas, e nenhuma é tão impactante quanto "Iris", mas isso não chega a comprometer o resultado.
A música de abertura é justamente uma das três exceções, e não por acaso uma das melhores do álbum: "Sweetest Lie" é um rockão vigoroso, conduzido pela guitarra de John Rzeznik, que remete a "All Because of You", do U2. Ela é sucedida por "As I Am", uma balada poderosa em cujo refrão Rzeznik exalta a tolerância da mulher amada ("...and its all because you take me as I am", ou em tradução livre: "e tudo é porque você me aceita como eu sou").
Outros bons momentos do álbum são "Nothing Is Real", baladinha com violão e guitarra, melodia bonita e um instrumental que lembra Coldplay; e as duas cantadas pelo baixista Robby Takac: a balada estilosa "Now I Hear" e o rock "Say Youre Free". O curioso é que a música escolhida para batizar o disco, "Something for the Rest of Us", é justamente a mais fraquinha: uma balada arrastada, com backing vocals estranhos. Apesar dessa escorregada, o CD novo é um Goo Goo Dolls com cara de Goo Goo Dolls. GGG
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