Repertório
Confira a seguir uma lista de canções que Peter Frampton apresentou nos shows da turnê brasileira até o momento:
"Four Day Creep"
"Its a Plain Shame"
"Show Me the Way"
"Lines on My Face"
"Restraint"
"Float"
"Boot It Up"
"Double Nickels"
"I Wanna Go to the Sun"
"Off the Hook"
"All I Wanna Be (Is by Your Side)"
"Black Hole Sun"
"Baby, I Love Your Way"
"Do You Feel Like We Do"
"Breaking All the Rules"
Entrevista com Peter Frampton, cantor e guitarrista.
Peter Frampton não é mais aquele galã dos anos 70. Os cachos loiros se foram e deram lugar a uma careca lustrosa. O sorriso de menino hoje é acompanhado por fortes marcas de expressão. O tempo também levou embora seus pais, perda que o fez parar para pensar em suas origens, nas circunstâncias de seu nascimento e no início da carreira como um dos mais célebres guitarristas da história do rock.
É disso que trata Thank You Mr. Churchill (veja o serviço completo do show), mais recente álbum de Frampton, lançado há cinco meses e cuja turnê mundial chega amanhã a Curitiba. Acompanhado dos músicos Rob Arthur (teclados, guitarra e vocal) e John Regan (baixo), Adam Lester (guitarra) e Dan Wojciechowski (bateria), Frampton apresenta canções do novo álbum sem deixar de lado hits que embalaram toda uma geração "Baby, I Love Your Way", "Show Me the Way" e "Breaking All the Rules", entre eles.
Em entrevista à Gazeta do Povo, concedida por telefone, o guitarrista falou do atual momento de sua carreira e de seu retorno aos palcos brasileiros. Confira trechos da conversa.
Você recentemente disse que Thank You Mr. Churchill é um disco autobiográfico. Pode nos contar mais a respeito disso?
Perdi meu pai e minha mãe há cerca de cinco anos e isso me fez ver o mundo de uma maneira diferente. Eu agora sou órfão e passei a refletir sobre todo o tempo em que eles estiveram comigo. Eu e meu irmão tivemos muita sorte, pois nossos pais sempre foram maravilhosos. Também fiquei pensando que, se meu pai não tivesse voltado da Segunda Guerra Mundial, se os aliados não tivessem vencido, eu não teria nascido. Foi assim que cheguei à música que dá título ao disco, "Thank You Mr. Churchill", um agradecimento por ele ter enviado meu pai de volta para casa. Também estão presentes nas canções as memórias de quando eu comecei a tocar guitarra e de como toda a minha família se envolveu nesse processo.
Algumas letras também incluem reflexões suas sobre alguns eventos de cunho coletivo, mundial, certo?
Uma das canções se chama "Restraint" [contenção, em português], um sentimento atual de todas as pessoas do mundo, mas em especial dos americanos, com toda a crise econômica e o auxílio financeiro a Wall Street. Já a canção "Asleep at the Wheel" surgiu depois que eu assisti a um documentário sobre a situação da garota japonesa Megumi Yokota, seqüestrada por norte-coreanos há 30 anos e até hoje desaparecida. Sou pai de quatro filhos e a história dela partiu meu coração. Percebi que não temos nenhum controle sobre quem são nossos pais.
Falando em família, você escalou seu filho Julian para dar uma mão na faixa "Road to the Sun". Como foi essa experiência? Vocês tocam juntos desde sempre?
Ele tem 22 anos e começou tocando bateria, mais tarde mudou para a guitarra. Nós havíamos escrito essa canção juntos, quando ele era mais jovem. Há cerca de dois anos voltei a trabalhar nela e, quando mostrei para o coprodutor do disco, Chris Kimsey, ele amou! Perguntou quem estava cantando e eu disse: "É o Julian, meu filho!".
Outro convidado do disco é o baterista Matt Cameron, que também é um dos seus parceiros de longa data. Como é tocar com ele? Você diria que sua música tem alguma influência das bandas de que ele faz parte, Pearl Jam e Soundgarden?
Eu diria que sim. Mas, ao mesmo tempo, tanto o Pearl Jam quanto o Soundgarden cresceram ouvindo Humble Pie, assim como eu. Nesse ponto, nossas sonoridades são parecidas: rock-and-roll básico, sem firulas, que não segue nenhuma tendência. Foi isso o que me chamou atenção a primeira vez que ouvi Pearl Jam no rádio. Era diferente de tudo o que rolava na época e eu lembro de ter pensado: "Nossa! Uma banda de rock-and-roll, sem melodias felizes e sem sintetizadores! Uau!" (risos). Também adoro as letras e os vocais do Chris Cornell, no Soundgarden. Não vejo a hora de conseguir um tempo para ver um show da banda, que voltou a se apresentar esse ano, com o Matt na formação.
Faz um tempo que você não vem ao Brasil, certo? Está gostando de estar aqui novamente?
Estive três vezes no Brasil, mas não lembro exatamente quando foi a última. Acho que foi nos anos 90. Está sendo fenomenal voltar. Já passamos pelo Chile, pela Argentina e agora estamos no Brasil. Tem sido ótimo em todos os lugares.
A turnê teve início na última quinta-feira (9), em Brasília, e já passou também pelo Rio de Janeiro (11) e por Porto Alegre (14). Como foram os shows? Você está gostando da recepção do público brasileiro?
Aqui no Brasil acontece uma coisa muito curiosa, que não costuma acontecer em outros lugares: quando eu toco "Breaking All the Rules", tenho a sensação de que o teto virá abaixo (risos). Isso tudo por causa de um comercial de tevê antigo que usava essa música como trilha sonora [o comercial em questão é do cigarro Hollywood, exibido no início da década de 80].
Além dos hits mais antigos, imagino que o repertório também inclua canções de Thank You Mr. Churchill.
Sim, toco canções do novo disco, também algumas de Fingerprints (2006), que é instrumental, e meus grandes sucessos. É um show longo, de no mínimo duas horas.Leia a entrevista completa no site www.gazetadopovo.com.br/cadernog
Serviço
Peter Frampton (confira o serviço completo do show). Teatro Guaíra (Pça. Santos Andrade, s/n.º), (41) 3304-7900. Dia 16, às 21 horas. Ingressos a R$ 170 (plateia), R$ 120 (1º balcão), R$ (2º balcão). Valores referentes à meia-entrada, válida para estudantes, pessoas com mais de 60 anos, assinantes da Gazeta do Povo e titulares do Cartão Fidelidade Teatro Guaíra. Classificação indicativa: livre.
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