8 filmes tem o currículo do cineasta Wes Anderson, sem contar os curtas-metragens. Entre os melhores estão O Fantástico Senhor Raposo, Os Excêntricos Tenenbaums e Moonrise Kingdom. O ator Bill Murray é um de seus colaboradores frequentes.
Estreia
O Grande Hotel Budapeste
O filme de Wes Anderson, tem no elenco Ralph Fiennes, F. Murray Abraham, Jude Law, Mathieu Amalric e Bill Murray. O filme está em cartaz em várias salas de cinema em Curitiba.
Em O Grande Hotel Budapeste, estreia desta semana nos cinemas, Monsieur Gustave (Ralph Fiennes) administra o estabelecimento que dá nome à história. O hotel, para colocar de um jeito simples, é a vida de Gustave.
Um dia, ele contrata um "lobby boy", um rapaz para serviços gerais na área da recepção: o sujeito que troca os cinzeiros sujos, que passa despercebido e tenta antecipar as necessidades dos hóspedes.
Zero perdeu a família para a Guerra e não há nada que não faça para conseguir o emprego e agradar Gustave. O valor e o respeito que o jovem dá ao hotel é uma espécie de reconhecimento ao trabalho de Gustave ou ao menos é assim que o gerente percebe a situação.
M. Gustave se vê então diante de um filho, aquele que vai cuidar do legado.
O interesse de Zero é significativo porque, logo no começo do filme, ficamos sabendo que o hotel, depois de viver um período de glórias, perdeu a clientela para se tornar um elefante branco. Um lugar enorme, vazio e dispendioso.
E é aqui que o diretor Wes Anderson faz algo bom. Os personagens que ele cria são rasos, quase sempre forçados (é preciso ser um Ralph Fiennes para evitar a caricatura), mas não é nos personagens que Anderson investe mais. É no hotel.
O diretor demonstra muito mais interesse em objetos do que em pessoas. É o navio em A Vida Marinha com Steve Zissou, o acampamento em Moonrise Kingdom, a toca em O Fantástico Senhor Raposo e o trem em Viagem a Darjeeling. A exceção talvez seja Os Excêntricos Tenenbaums.
Tudo que envolve O Grande Hotel Budapeste é fascinante a ponto de você se sentir tentado a ignorar todo o resto. Personagens? História? Quem se importa. De fato, eles não são relevantes. Os uniformes, os sofás, o teleférico, a cozinha, os quartos, a quantidade de detalhes é assoberbante e dá para supor que o homem se divertiu um bocado pensando neles.
Por causa desses detalhes, o filme consegue ser divertido, mas de um jeito estranho. Como, aliás, todos os outros filmes do mesmo diretor. É como ir a um restaurante por causa da decoração. Você pode achar tudo incrível e de bom gosto, mas a comida, que é o que interessa de verdade, é apenas o.k.
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