O grupo gaúcho A Que Vem Este Aranzel? apresenta hoje, em Curitiba, uma comédia que está completando seu centenário em 2005. A Ciumenta Velha, de Joaquim Alves Torres, foi encenada pela primeira vez em Porto Alegre em 1905. Para comemorar os cem anos da montagem, o grupo está fazendo sessões do texto no Rio Grande do Sul e em outros estados.
A idéia de montar A Ciumenta Velha surgiu de uma oficina de teatro para pessoas com mais de 50 anos de idade. O grupo, dirigido por Luiz Fernando Moojen, gostou da idéia de continuar fazendo teatro, mesmo depois de encerrado o curso. O diretor sugeriu a peça, que encaixava no perfil dos alunos, e eles toparam fazer uma montagem. O incentivo maior veio com prêmios obtidos no Rio Grande do Sul.
O enredo fala sobre os papéis de homem e mulher em um casamento. Embora tenha sido escrito no começo do século 20, o diretor garante que a trama manteve a sua atualidade até porque as partes envolvidas no processo de um relacionamento amoroso continuam basicamente as mesmas.
O grupo diz que está fazendo a temporada da peça em parte para resgatar a tradição da cultura gaúcha no teatro. Alves Torres, nascido em 1853, foi um nome importante da literatura em Porto Alegre à sua época. Participava dos movimentos locais, integrava sociedades literárias e escrevia para o teatro. Também pertencia ao grupo particular Romeiros do Progresso. Deixou 28 textos conhecidos. Várias de suas peças foram encenadas.
* Serviço: A Ciumenta Velha. Mini-Guaíra (R. Amintas de Barros, s/n.º), (41) 3322-7778/3315-0979. Texto de Joaquim Alves Torres. Direção de Luiz Fernando Moojen. Com Bia Nogueira, Ione Guterres e Ione Lefa. Hoje e amanhã, às 21 horas, e domingo, às 19 horas. Ingressos a R$ 15 e R$ 12 (classe artística).
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas