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Havia bastante expectativa para a estreia de "Ixcanul Volcano", do guatemalteco Jayro Bustamante. Além do seu curta-metragem "Quando Sea Grande" (2012) ter tido uma ótima recepção da crítica, é a primeira vez que um título da Guatemala participa de uma competição no Festival de Berlim.

O filme foi exibido no sábado (7) em uma prévia para a imprensa, seguida de coletiva com o diretor e equipe do filme. Escrita por Bustamante e inspirada em um fato real, a história segue Maria (Maria Mercedes Coroy), uma jovem maia de 17 anos que vive ao pé de um vulcão ativo na Guatemala, enquanto aguarda um matrimônio arranjado com o superintendente das terras locais.

Da tribo Caqchiquel – um dos povos do planalto centro oeste da Guatemala – ela sonha em conhecer a cidade, mas sua situação de mulher indígena não lhe permite se misturar ao mundo moderno.

Cativada pela conversa de Pepe – um jovem trabalhador da plantação, que acena com a possibilidade dela emigrar com ele para os EUA – Maria se deixa envolver, fica grávida e é abandonada .

Gravação"Ixcanul" foi filmado com atores não profissionais e apoiado na experiência do diretor com o tema, já que ele é familiarizado com os costumes maias adquiridos em sua juventude nas montanhas da Guatemala e entende o idioma caqchiquel.

Na coletiva após a projeção, marcada por momentos de emoção e aplausos, Bustamante resumiu o cerne de Ixcanul. "Ele fala da impossibilidade de uma mulher – menor de idade, da tribo caqchiquel e que vive longe de uma grande cidade – de determinar seu próprio destino", explicou, acrescentando que fica hesitante com as comparações que tem sido feitas do seu filme com o realismo mágico de Gabriel Garcia Marques.

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